Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
Frente a uma conjuntura mais positiva, o Estado <strong>br</strong>asileiro vem recuperando sua<<strong>br</strong> />
capacidade de conceber políticas territoriais. As <strong>no</strong>vas dinâmicas urbanas devem ser obser-<<strong>br</strong> />
vadas de forma estratégica para potencializar as vantagens de um <strong>Brasil</strong> cada vez mais<<strong>br</strong> />
policêntrico.<<strong>br</strong> />
1.2. O Norte e o Nordeste <strong>br</strong>asileiro <strong>no</strong> contexto do desenvolvimento nacional<<strong>br</strong> />
Mas, recentemente, o consumo inter<strong>no</strong> e os grandes investimentos públicos e priva-<<strong>br</strong> />
dos <strong>no</strong> Norte e <strong>no</strong> Nordeste do <strong>Brasil</strong> geraram mudanças sociais e econômicas importantes<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong> pa<strong>no</strong>rama nacional. Essas mudanças se expressam <strong>no</strong> crescimento econômico dessas<<strong>br</strong> />
regiões em níveis acima da média nacional. No Quadro 1, pode-se observar uma significa-<<strong>br</strong> />
tiva desconcentração geográfica das base produtivas nas regiões Norte e Nordeste. O valor<<strong>br</strong> />
das transformações industriais vem diminuindo na região Sudeste e vem crescendo nas<<strong>br</strong> />
demais regiões do <strong>Brasil</strong>, apesar de a População Eco<strong>no</strong>micamente Ativa (PEA) <strong>no</strong> Nordes-<<strong>br</strong> />
te ainda se concentram predominantemente <strong>no</strong> setor Primário. Nas regiões Norte e Cen-<<strong>br</strong> />
tro-Oeste, a produção agropecuária aumenta. Infelizmente, tal condição não está generali-<<strong>br</strong> />
zada. Diferentes dinâmicas esboçam <strong>no</strong>vas centralidades que estão correlacionadas <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />
áreas de po<strong>br</strong>eza e estagnação onde se concentra a população submetida a extremas preca-<<strong>br</strong> />
riedades de condições de vida e a espaços ambientalmente vulneráveis. Esses contrates,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o alerta Tânia Bacelar de Araújo (2000, p.194), configura vários <strong>no</strong>rdestes:<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong>vas áreas de expansão que a<strong>br</strong>igam, hoje, estruturas modernas e<<strong>br</strong> />
dinâmicas, as quais convivem <strong>com</strong> áreas e segmentos econômicos<<strong>br</strong> />
tradicionais, contribuindo, assim, para tornar a realidade regional muito<<strong>br</strong> />
mais diferenciada e <strong>com</strong>plexa. Dessa perspectiva, pode-se falar de<<strong>br</strong> />
vários <strong>no</strong>rdestes: do Nordeste do oeste baia<strong>no</strong> e do Nordeste canavieiro<<strong>br</strong> />
do litoral do Rio Grande do Norte e Alagoas; do Nordeste<<strong>br</strong> />
agroindustrial do submédio São Francisco e do Nordeste cacaueiro<<strong>br</strong> />
do sul baia<strong>no</strong>; do Nordeste mínero-metalúrgico e agroindustrial do<<strong>br</strong> />
Maranhão e do Nordeste agroindustrial do semi-árido, dominado pelo<<strong>br</strong> />
tradicional <strong>com</strong>plexo gado/agricultura de sequeiro etc.<<strong>br</strong> />
155