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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

povo <strong>br</strong>asileiro, presente das periferias urbanas aos igarapés amazônicos. Em contraste,<<strong>br</strong> />

um modelo de desenvolvimento econômico fundado na ampliação do consumo de uma<<strong>br</strong> />

mi<strong>no</strong>ria abastada pode ig<strong>no</strong>rar muito dessa diversidade e concentrar investimentos em parcelas<<strong>br</strong> />

me<strong>no</strong>res do território nacional.<<strong>br</strong> />

Esses embates referentes às orientações econômicas das políticas territoriais podem<<strong>br</strong> />

estar influenciados por duas dimensões inerentes à <strong>no</strong>ção de desenvolvimento e que são<<strong>br</strong> />

definidos pelos adjetivos “huma<strong>no</strong>” e “sustentável”, lamentavelmente transformados em<<strong>br</strong> />

slogans esvaziados de significados. Se forem levadas a serio, as <strong>no</strong>ções de desenvolvimento<<strong>br</strong> />

huma<strong>no</strong> e de desenvolvimento sustentável envolvem estratégias qualitativas de desenvolvimento.<<strong>br</strong> />

A dimensão “humana” deve ser entendida <strong>com</strong>o a ampliação das capacidades<<strong>br</strong> />

das pessoas em direcionar suas vidas e em participar das decisões coletivas, o que envolve,<<strong>br</strong> />

obviamente, a superação de situações de extrema necessidade impeditivas de reais possibilidades<<strong>br</strong> />

de escolha. Envolve, também, na definição e <strong>no</strong> monitoramento das políticas<<strong>br</strong> />

territoriais, a existência de instâncias ampliadas de participação, capazes de interessar e<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>anger segmentos culturais e sociais que foram até hoje mais objetos do que sujeitos<<strong>br</strong> />

dessas políticas. Com todas as suas limitações, as conferências das cidades representam<<strong>br</strong> />

algo <strong>no</strong>vo nesse sentido, e delas emergiu um retrato do <strong>Brasil</strong> urba<strong>no</strong> muito mais diverso<<strong>br</strong> />

que aquele desenhado nas escolas de arquitetura e urbanismo. A dimensão da sustentabilidade<<strong>br</strong> />

remete à promoção de valores de respeito à natureza, os quais, além de romperem <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

antrropocentrismo, procuram modelos de produção e consumo me<strong>no</strong>s agressivos, mais<<strong>br</strong> />

poupadores de matérias-primas e de energia; em suma, uma transformação do modo de<<strong>br</strong> />

vida que num país <strong>com</strong>o o <strong>Brasil</strong>, onde coexistem imensos espaços <strong>com</strong> fortes <strong>com</strong>ponentes<<strong>br</strong> />

naturais e imensas aglomerações fortemente degradadas, é um desafio para quaisquer<<strong>br</strong> />

políticas territoriais.<<strong>br</strong> />

Acima, dessas dimensões abstratas do desenvolvimento, objetos de muitos debates,<<strong>br</strong> />

há uma dimensão concreta a ser valorizada para que as políticas se tornem capazes de<<strong>br</strong> />

influenciar o rumo das coisas. Afirmar que não se pode separar, <strong>com</strong>o geralmente se faz,<<strong>br</strong> />

nas políticas públicas, estratégias territoriais e estratégias de desenvolvimento urba<strong>no</strong>, implica,<<strong>br</strong> />

na operacionalização, ações em diversas dimensões que associam território e cidade,<<strong>br</strong> />

dentre as quais:<<strong>br</strong> />

• infraestruturas de mobilidade de cuja qualidade depende a fluidez da circulação<<strong>br</strong> />

dos homens e das mercadorias, o que, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, pela dimensão do território, pela<<strong>br</strong> />

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