Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
64<<strong>br</strong> />
DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
cimento da diversidade do território e da sociedade, bem <strong>com</strong>o da ampliação de oportunidades<<strong>br</strong> />
para parcelas mais amplas da população <strong>br</strong>asileira por meio da qualificação da rede<<strong>br</strong> />
urbana.<<strong>br</strong> />
Articular cidade e região foi a consequencia metodológica desse princípio, 3 articulação<<strong>br</strong> />
que permitiu igualmente <strong>com</strong>preender as cidades <strong>com</strong>o um elemento necessário para<<strong>br</strong> />
a definição de região. Regiões ricas passaram a ser reconhecidas <strong>com</strong>o aquelas onde não<<strong>br</strong> />
apenas estão localizadas atividades econômicas modernas e dinâmicas e recursos huma<strong>no</strong>s<<strong>br</strong> />
qualificados, onde a produtividade e a renda do trabalho são elevadas, onde existe<<strong>br</strong> />
infraestrutura econômica (energia, transportes, tele<strong>com</strong>unicações etc.), mas também são<<strong>br</strong> />
aquelas onde existem cidades capazes de oferecer à eco<strong>no</strong>mia e à sociedade regionais os<<strong>br</strong> />
serviços e bens necessários ao seu desenvolvimento. Regiões estagnadas são, em<<strong>br</strong> />
contrapartida, aquelas onde a renda e a produtividade são baixas, onde os setores econômicos<<strong>br</strong> />
predominantes são tradicionais e a mão de o<strong>br</strong>a é pouco qualificada, e onde o fenôme<strong>no</strong><<strong>br</strong> />
urba<strong>no</strong> é raro.<<strong>br</strong> />
Neste artigo, além de apresentar a reflexão so<strong>br</strong>e essa articulação cidade-região que<<strong>br</strong> />
orientou o estudo, pretende-se destacar a importância do potencial i<strong>no</strong>vador que a cidade<<strong>br</strong> />
representa para a sociedade e para o território so<strong>br</strong>e o qual exerce influência. Argumentase<<strong>br</strong> />
que a aglomeração de pessoas e infraestrutura, investimentos e equipamentos sociais e<<strong>br</strong> />
culturais que de<strong>no</strong>minamos de cidade seja entendida <strong>com</strong>o instrumento em si de desenvolvimento<<strong>br</strong> />
regional e mesmo de sustentabilidade ambiental, <strong>com</strong>o defende o relatório do UN-<<strong>br</strong> />
HABITAT “State of the World’s Cities 2008/9", particularmente considerando o atual papel<<strong>br</strong> />
que a criatividade e a i<strong>no</strong>vação representam para o desenvolvimento de regiões e sociedades.<<strong>br</strong> />
Defende-se assim que a política urbana, em particular, e as políticas públicas, em<<strong>br</strong> />
geral, devem incluir o <strong>com</strong>bate à raridade do fenôme<strong>no</strong> urba<strong>no</strong> <strong>no</strong> país <strong>com</strong> o objetivo de<<strong>br</strong> />
redução das disparidades regionais e sociais.<<strong>br</strong> />
Para tanto, discute-se uma <strong>no</strong>ção de cidade inspirada nesse papel difusor do desenvolvimento<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong> território e na sociedade atribuído aos centros urba<strong>no</strong>s na seção a seguir, à<<strong>br</strong> />
qual se sucede um esforço de identificação de <strong>no</strong>vos fatores de desigualdade regional,<<strong>br</strong> />
baseados em indicadores selecionados de conhecimento e i<strong>no</strong>vação. A partir daí, reflete-se<<strong>br</strong> />
3 Ver o texto de Jan Bitoun, neste volume, para a descrição dos procedimentos metodológicos.