Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
gentes de crescimento econômico de tais populações, mas baseando-se <strong>no</strong><<strong>br</strong> />
“ecodesenvolvimento”. Como afirmou SACHS (2000), “já é tempo de darmo-<strong>no</strong>s conta de<<strong>br</strong> />
que a miséria sertaneja não é uma fatalidade geográfica”.<<strong>br</strong> />
A participação dos atores sociais é fundamental para o sucesso de um processo de<<strong>br</strong> />
desenvolvimento sustentável, pois permite estabelecer <strong>com</strong> relativa precisão quais são as<<strong>br</strong> />
maiores prioridades, define-se um fluxo de informação que é crucial para a gestão, promove-se<<strong>br</strong> />
a contribuição de idéias i<strong>no</strong>vadoras por parte da <strong>com</strong>unidade, o que possibilita uma<<strong>br</strong> />
avaliação contínua do andamento do programa e produz dinâmicas de alta <strong>com</strong>plexidade.<<strong>br</strong> />
Isso exige a formulação de “pactos territoriais” para a promoção da agricultura sustentável,<<strong>br</strong> />
tendo <strong>com</strong>o base a criação ou o fortalecimento de mecanismos participativos de planejamento<<strong>br</strong> />
e de gestão ambiental, cuja unidade territorial preferencial são as bacias hidrográficas<<strong>br</strong> />
(VEIGA et al, 2005).<<strong>br</strong> />
Para o MDA (2005), o desafio é harmonizar as estratégias de desenvolvimento<<strong>br</strong> />
territorial de modo a articular políticas públicas <strong>no</strong>s diversos níveis de gover<strong>no</strong>, em sintonia<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> as necessidades das populações territoriais e organizações da sociedade civil, tendo<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o eixo a agricultura familiar e a reforma agrária.<<strong>br</strong> />
4. Os territórios rurais realmente dinâmicos<<strong>br</strong> />
Ao estudar o modelo de desenvolvimento <strong>br</strong>asileiro, ARAÚJO (2000) afirma que o<<strong>br</strong> />
País não está redefinindo seu modelo, porém adaptando-se à trajetória que vinha sendo<<strong>br</strong> />
construída pelas <strong>no</strong>vas condicionantes do cenário internacional. A autora observa que a<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong>ssa herança é um País <strong>com</strong> uma eco<strong>no</strong>mia altamente dinâmica e uma sociedade fraturada,<<strong>br</strong> />
não sendo assim possível afirmar que somos um País desenvolvido.<<strong>br</strong> />
Mas, embora o <strong>Brasil</strong> não seja um país desenvolvido, sua eco<strong>no</strong>mia é muito dinâmica,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> fantástica capacidade de crescimento. O <strong>Brasil</strong> tem elevado grau de concentração<<strong>br</strong> />
de renda, pois “os 10% mais ricos têm quase a metade da renda (48%), e os 20% mais<<strong>br</strong> />
po<strong>br</strong>es têm apenas 2%” (ARAÚJO, 2000). Trata-se de uma característica única <strong>no</strong> mundo,<<strong>br</strong> />
tal o tamanho da fratura econômica, social e regional existente. Por outro lado, <strong>com</strong> o uso<<strong>br</strong> />
do grande potencial do seu mercado inter<strong>no</strong>, o <strong>Brasil</strong> conquistou intenso crescimento econômico<<strong>br</strong> />
nas últimas décadas, apesar das instabilidades nas políticas econômicas adotadas e<<strong>br</strong> />
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