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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

financeiro, que passava pela adoção do investimento autofinanciado, esbarrava na lógica<<strong>br</strong> />

do populismo e do projeto político do gover<strong>no</strong>. Como dizem os autores:<<strong>br</strong> />

Como exigir que se pagasse por um bem que até então vinha<<strong>br</strong> />

sendo distribuído sem ônus? Como conciliar uma política de<<strong>br</strong> />

retor<strong>no</strong> de investimentos <strong>com</strong> a imagem paternalista do Estado?<<strong>br</strong> />

A política habitacional, originalmente pensada <strong>com</strong>o redistributivista, transformouse<<strong>br</strong> />

em uma política limitada pela barganha político-eleitoreira. A partir da ótica distributivista<<strong>br</strong> />

adotada, a FCP construiu 143 conjuntos habitacionais, totalizando cerca de 17 mil habitações,<<strong>br</strong> />

<strong>no</strong> período que se insere entre a sua fundação, em1947, e o final dos a<strong>no</strong>s 1960. Os<<strong>br</strong> />

critérios de implantação desses conjuntos eram <strong>com</strong>uns para todos os municípios <strong>br</strong>asileiros,<<strong>br</strong> />

e as decisões de onde, <strong>com</strong>o, quanto e quando construir, bem <strong>com</strong>o a distribuição das<<strong>br</strong> />

casas entre os numerosos pretendentes, obedeciam sempre a critérios de conveniência político-eleitoreira<<strong>br</strong> />

e de interesse <strong>com</strong>ercial das construtoras. A partir desses critérios, foram<<strong>br</strong> />

privilegiados os grandes centros urba<strong>no</strong>s, uma vez que 68% das construções se localizaram<<strong>br</strong> />

nas cidades <strong>com</strong> população superior a 50 mil habitantes (Azevedo e Andrade, 1982).<<strong>br</strong> />

[2º momento (1964 – 1986)] - Banco Nacional de Habitação (BNH)<<strong>br</strong> />

O Banco Nacional de Habitação (BNH) é instituído juntamente <strong>com</strong> mecanismos<<strong>br</strong> />

que, <strong>com</strong> ajustamentos posteriores, <strong>com</strong>puseram o <strong>com</strong>plexo Sistema Financeiro de Habitação,<<strong>br</strong> />

visando implantar a <strong>no</strong>va Política Nacional de Habitação Popular (Souza, 1991,<<strong>br</strong> />

1993):<<strong>br</strong> />

1) A correção monetária 3 que se destina a proteger o valor dos títulos da dívida<<strong>br</strong> />

pública contra os efeitos corrosivos da inflação, para evitar a descapitalização dos<<strong>br</strong> />

fundos de financiamento imobiliário, viabilizar a recuperação de parte substancial<<strong>br</strong> />

dos mesmos e garantir a sua constante reaplicação em <strong>no</strong>vos projetos habitacionais.<<strong>br</strong> />

3 A correção monetária aplicada pelo SFH baseia-se na Unidade Padrão de Capital (UPC), moeda oficial do BNH, cujo valor<<strong>br</strong> />

aquisitivo se mantém constante, porque sua expressão na moeda da época (cruzeiros) é atualizada trimestralmente, conforme a<<strong>br</strong> />

variação do índice de preços. A UPC correspondia em valor, então, a uma ORTN – O<strong>br</strong>igações Reajustáveis do Tesouro Nacional<<strong>br</strong> />

– , título de dívida pública flutuante e não <strong>no</strong>minativo (Souza, 1991) .<<strong>br</strong> />

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