Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
deste e Centro-Sul, visto que os municípios da região Norte apresentam melhor desempenho.<<strong>br</strong> />
Grande parte do território da região Nordeste, em contrapartida, permanece <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />
piores desempenhos, índices entre 0 e 2,0 e, em me<strong>no</strong>r proporção, índices entre 2,1 e 3,0.<<strong>br</strong> />
Os efeitos inerciais da origem primário-exportadora escravocrata parecem ainda operar de<<strong>br</strong> />
alguma forma na qualidade da educação fundamental da região, distinguindo-a fortemente<<strong>br</strong> />
das demais, mesmo das regiões de expansão mais recente da fronteira agromineral. Chegar<<strong>br</strong> />
aos a<strong>no</strong>s finais da educação fundamental <strong>com</strong> um nível de aprendizagem satisfatório é uma<<strong>br</strong> />
realidade ainda restrita a pequenas parcelas da juventude <strong>no</strong>rdestina, qualquer que seja o<<strong>br</strong> />
tipo de cidade em que se encontre. Esforços para a superação de tal situação precisam ser<<strong>br</strong> />
reconhecidos pela sociedade, em geral, e pelos governantes, em particular, dos estados e<<strong>br</strong> />
municípios <strong>no</strong>rdesti<strong>no</strong>s, <strong>com</strong>o prioridades essenciais, urgentes e inadiáveis. Dependem<<strong>br</strong> />
dessa mudança de atitude a melhoria da vida dos cidadãos, a formação de profissionais<<strong>br</strong> />
qualificados, a criação e consolidação de sistemas de i<strong>no</strong>vação, a divisão de trabalho necessária<<strong>br</strong> />
ao desenvolvimento territorial e a elevação do número de cidades <strong>com</strong> oferta satisfatória<<strong>br</strong> />
de serviços e bens para a população.<<strong>br</strong> />
Ver Cartogramas 14 na página 188 e 15 na página 189<<strong>br</strong> />
O esforço é considerável, especialmente porque requer a superação de padrões culturais<<strong>br</strong> />
de raízes profundas na sociedade, especialmente na região Nordeste, embora já esteja<<strong>br</strong> />
em andamento, <strong>com</strong>o mostram as metas intermediárias do IDEB. Outra variável, a<<strong>br</strong> />
implantação de institutos federais de educação tec<strong>no</strong>lógica (IFET) <strong>no</strong> interior do país, deve<<strong>br</strong> />
ser ressaltada <strong>com</strong>o parte do processo de valorização da educação e da formação profissional<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o fator de desenvolvimento do país e das regiões. Os IFETs propiciam ensi<strong>no</strong><<strong>br</strong> />
médio em condições bastante favoráveis, <strong>com</strong>o também educação profissional e superior,<<strong>br</strong> />
cujo acesso tem ficado restrito a uma fração muito pequena dos jovens <strong>br</strong>asileiros. A <strong>no</strong>va<<strong>br</strong> />
estrutura dos antigos CEFETs inclui atividades de pesquisa orientada para os problemas<<strong>br</strong> />
das regiões onde estão localizados, o que cria oportunidades significativas para a identificação<<strong>br</strong> />
de soluções e criação de trabalho <strong>no</strong>vo, especialmente nas regiões mais atrasadas. A<<strong>br</strong> />
política federal de educação profissional parece ter incorporado essa meta de redução de<<strong>br</strong> />
desigualdades espaciais, pois a maior quantidade de IFETs implantados (37,1%) e projetados<<strong>br</strong> />
(38,3%) se localizam <strong>no</strong> Nordeste, <strong>com</strong>o mostra a tabela 1.<<strong>br</strong> />
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