Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
sentada fará essa discussão. Sendo assim, as reflexões que serão debatidas estão mais próximas<<strong>br</strong> />
do posicionamento adotado <strong>no</strong> terceiro caso, ou seja, tentar-se-á discutir acerca das<<strong>br</strong> />
categorias território e escala, mas sem supervalorizá-las nem subestimá-las. A ideia é evidenciar<<strong>br</strong> />
a importância desse debate na <strong>com</strong>preensão geral das políticas territoriais <strong>br</strong>asileiras<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong> contexto urba<strong>no</strong>/regional.<<strong>br</strong> />
1. Escala e território: conceitos-chaves nas políticas territoriais <strong>br</strong>asileiras<<strong>br</strong> />
O objetivo desta seção é resgatar algumas discussões em tor<strong>no</strong> da evolução conceitual<<strong>br</strong> />
de escala e território, a fim de contribuir, posteriormente, para um debate específico so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
a relação operacional entre esses conceitos e as políticas territoriais <strong>br</strong>asileiras.<<strong>br</strong> />
Iniciando pela escala, Smith (1992) destaca a importância de se entender o processo<<strong>br</strong> />
de produção da escala geográfica, a fim de melhor se <strong>com</strong>preenderem os fenôme<strong>no</strong>s produzidos<<strong>br</strong> />
e reproduzidos <strong>no</strong> espaço geográfico. Para ele, a escala não é apenas a escala<<strong>br</strong> />
material trabalhada e “retrabalhada” <strong>com</strong>o paisagem, mas também é a escala de resolução<<strong>br</strong> />
ou abstração que se emprega para entender as relações sociais, qualquer que seja sua dimensão<<strong>br</strong> />
geográfica.<<strong>br</strong> />
Em outra ocasião, Smith (2000) propõe uma tipologia de análise da diferenciação<<strong>br</strong> />
espacial, deixando claro não se tratar de um sistema ontológico de escalas. Sugere a seguinte<<strong>br</strong> />
sequência escalar: o corpo, a casa, a <strong>com</strong>unidade, a cidade, a região, a nação, o<<strong>br</strong> />
globo. Ele entende que a escala é um progenitor ativo de processos sociais específicos, ao<<strong>br</strong> />
definir fronteiras e limitar as identidades em tor<strong>no</strong> das quais o controle é exercido e contestado.<<strong>br</strong> />
Como entende o autor, seu trabalho não é um modelo a ser seguido, porém pode<<strong>br</strong> />
ajudar em algumas reflexões so<strong>br</strong>e <strong>com</strong>o a ciência pode proceder em relação à questão da<<strong>br</strong> />
escala. So<strong>br</strong>e esse assunto, Grataloup (2004) <strong>com</strong>enta que a insistência da Geografia para<<strong>br</strong> />
se valer de um procedimento específico pelo uso da escala decorre, sem dúvida, da dificuldade<<strong>br</strong> />
sentida em certos momentos de sua história em mostrar <strong>com</strong> clareza sua originalidade,<<strong>br</strong> />
mas procede, também, de sua estreita ligação <strong>com</strong> a Cartografia.<<strong>br</strong> />
Uma das referências mais importantes que trouxe à tona a discussão so<strong>br</strong>e as escalas<<strong>br</strong> />
foi a o<strong>br</strong>a de Lacoste (1988), na qual o autor provoca os geógrafos a se aterem à<<strong>br</strong> />
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