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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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98<<strong>br</strong> />

DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

destruir a diversidade”, pois a aplicação das modernas ciências pode desenvolver sistemas<<strong>br</strong> />

de produção artificiais, análogos aos ecossistemas naturais, adaptados às diferenças<<strong>br</strong> />

agroclimáticas e socioeconômicas e altamente produtivos. Assim, a relevância social, a<<strong>br</strong> />

prudência ecológica e a viabilidade econômica são os três pilares do desenvolvimento sustentável.<<strong>br</strong> />

No caso <strong>br</strong>asileiro, o clima tropical apresenta uma vantagem <strong>com</strong>petitiva natural,<<strong>br</strong> />

pois permite produtividades maiores em relação àquelas das zonas temperadas. Algumas<<strong>br</strong> />

atividades agrícolas, <strong>com</strong>o a fruticultura irrigada e a piscicultura em tanques-rede do sertão<<strong>br</strong> />

do rio São Francisco, por exemplo, têm <strong>com</strong>provado essa vantagem particular do semiárido<<strong>br</strong> />

<strong>no</strong>rdesti<strong>no</strong>. É claro que é necessário ter cuidado <strong>com</strong> os frágeis ecossistemas locais, observando<<strong>br</strong> />

os limites de carga do bioma Caatinga.<<strong>br</strong> />

Entretanto, a simples conservação da natureza não pode ter exclusivamente a opção<<strong>br</strong> />

de “não uso” dos recursos naturais, mas sim uma busca pela harmonia <strong>com</strong> as necessidades<<strong>br</strong> />

das <strong>com</strong>unidades que habitam esses ecossistemas, onde o simples crescimento dê<<strong>br</strong> />

lugar ao desenvolvimento econômico. Embora o desenvolvimento sustentável seja evidentemente<<strong>br</strong> />

in<strong>com</strong>patível <strong>com</strong> “o jogo sem restrições das forças do mercado”, necessário se<<strong>br</strong> />

torna implementar estratégias de eco<strong>no</strong>mia de recursos urba<strong>no</strong>s e rurais em atividades<<strong>br</strong> />

“ecoeficientes” (reciclagem, aproveitamento de lixo, conservação de energia, água e recursos,<<strong>br</strong> />

infraestruturas, dentre outras), respeitando a diversidade cultural. Assim, MORIN (2000)<<strong>br</strong> />

admite que “a Humanidade deixou de constituir uma <strong>no</strong>ção apenas biológica e deve ser, ao<<strong>br</strong> />

mesmo tempo, plenamente reconhecida em sua inclusão indissociável na biosfera”.<<strong>br</strong> />

Ao ampliar o tema para o DLIS 4 , observa-se que, “quando se fala em desenvolvimento<<strong>br</strong> />

fala-se, portanto, em melhorar a vida das pessoas (desenvolvimento huma<strong>no</strong>), de<<strong>br</strong> />

todas as pessoas (desenvolvimento social), das que estão vivas hoje e das que viverão<<strong>br</strong> />

amanhã (desenvolvimento sustentável)”, segundo FRANCO (2000).<<strong>br</strong> />

Consequentemente, a estratégia para o desenvolvimento sustentável <strong>no</strong>s territórios<<strong>br</strong> />

rurais <strong>br</strong>asileiros consiste em reunir o conhecimento científico disponível e aplicá-lo de<<strong>br</strong> />

forma sensível à questão ambiental, especialmente devido às fragilidades e à lenta restauração<<strong>br</strong> />

de alguns biomas, <strong>com</strong>o a Caatinga, não esquecendo as necessidades históricas e ur-<<strong>br</strong> />

4 <strong>Desenvolvimento</strong> Local, Integrado e Sustentável.

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