Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br
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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />
Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />
que transforma os padrões de localização da produção mais que do <strong>com</strong>ando, emergência<<strong>br</strong> />
da eco<strong>no</strong>mia do conhecimento, da informação e do lazer gerando <strong>no</strong>vas oportunidades e<<strong>br</strong> />
<strong>no</strong>vos empecilhos para lugares mais que para regiões, mudando-se a escala de apreensão<<strong>br</strong> />
das informações necessárias à elaboração de políticas territoriais.<<strong>br</strong> />
Mas, a situação concreta do Estado <strong>br</strong>asileiro, afogado na dívida externa e desprovido<<strong>br</strong> />
de uma moeda estável, torna ilusória qualquer perspectiva de política territorial <strong>no</strong><<strong>br</strong> />
periodo inaugurado pela crise de 1983 até pelo me<strong>no</strong>s a estabilização monetária de 1994. A<<strong>br</strong> />
política territorial envolve perspectivas de médio e longo prazos, o que não era possível<<strong>br</strong> />
durante o periodo citado, que se caracteriza nesse campo pelo progressivo desmonte – ou<<strong>br</strong> />
pela so<strong>no</strong>lência – das instituições encarregadas da operação das políticas territoriais, tais<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o as agências de planejamento dos espaços metropolita<strong>no</strong>s, e as superintendências de<<strong>br</strong> />
desenvolvimento regional, dentre outras. Assim sendo, as principais iniciativas de políticas<<strong>br</strong> />
territoriais, de caráter limitado mesmo se às vezes bastante i<strong>no</strong>vador, resultam da ação dos<<strong>br</strong> />
entes infranacionais, estados e municípios, destacando-se os últimos por estarem mais diretamente<<strong>br</strong> />
influenciados pela qualidade da sociedade civil. Houve então um número significativo<<strong>br</strong> />
de experiências i<strong>no</strong>vadoras em municípios <strong>br</strong>asileiros, sem que isso <strong>com</strong>penssasse a<<strong>br</strong> />
ausência de políticas territoriais nacionais.<<strong>br</strong> />
Se, <strong>no</strong> tocante às políticas territoriais nacionais, o periodo é marcado por um vácuo,<<strong>br</strong> />
ocorre o contrário <strong>no</strong> que se refere à promoção de uma ordem institucional que consagra<<strong>br</strong> />
na Constituição de 1988 a importância dos Estados e dos Municípios, entes federativos,<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o a União. Observa-se que nem as Grandes Regiões nem as Regiões Metropolitanas<<strong>br</strong> />
receberam a unção de uma consagração democrática, ou seja, a possibilidade de representação<<strong>br</strong> />
política própria. As primeiras continuaram sob a responsabilidade de políticas da<<strong>br</strong> />
União e dependendo da vontade dos Estados. As segundas foram remetidas às Assembleias<<strong>br</strong> />
Legislativas dos Estados (RIBEIRO, SANTOS JUNIOR, 2007). Somente em meados da<<strong>br</strong> />
década atual foi votada uma lei so<strong>br</strong>e os Consórcios intermunicipais. O fato é que quaisquer<<strong>br</strong> />
políticas territoriais da União precisam, para ter algum efeito, do envolvimento dos<<strong>br</strong> />
Estados e dos Municípios. Nos estudos para o Pla<strong>no</strong> Nacional de Ordenamento Territorial<<strong>br</strong> />
(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÂO NACIONAL, 2005 e 2006), foi observado que a gestão<<strong>br</strong> />
direta do solo por parte da União só pode ocorrer em Reservas Indígenas, Unidades de<<strong>br</strong> />
Conservação Federais e terras do Patrimônio da União. Em todas as outras situações, é<<strong>br</strong> />
preciso estabelecer o <strong>com</strong>partilhamento das responsabilidades entre as diversas instâncias<<strong>br</strong> />
federativas.<<strong>br</strong> />
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