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Desenvolvimento e Cidades no Brasil - Redbcm.com.br

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DESENVOLVIMENTO E CIDADES NO BRASIL<<strong>br</strong> />

Contribuição para o Debate so<strong>br</strong>e as Políticas Territoriais<<strong>br</strong> />

O MCMV distingue-se do PlanHab <strong>no</strong> patamar de acesso aos subsídios, j;a que<<strong>br</strong> />

ampliou as faixas de renda a serem atendidas. Enquanto o PlanHab, por meio de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexas simulações, definiu o subsídio <strong>no</strong> limite necessário para viabilizar o aces-<<strong>br</strong> />

so das famílias de baixa renda à moradia, o MCMV estabeleceu limites bastante<<strong>br</strong> />

superiores, beneficiando segmentos da classe média e gerando para o setor privado,<<strong>br</strong> />

um mercado <strong>com</strong> risco reduzidos. Com a meta de 1 milhão de unidades, que atende<<strong>br</strong> />

ao todo 14% do deficit acumulado na habitação, apenas 6% da faixa prioritária (até<<strong>br</strong> />

R$ 1.395,00), o que corresponde a 3 SM (em 2009), seria atendida.<<strong>br</strong> />

• medidas para reduzir o custo da habitação: a desoneração tributária da habita-<<strong>br</strong> />

ção de interesse social, o barateamento do seguro e o fundo garanteador foram<<strong>br</strong> />

adotados e podem gerar um impacto positivo <strong>no</strong> acesso à habitação tanto de inte-<<strong>br</strong> />

resse social <strong>com</strong>o de mercado.<<strong>br</strong> />

O MCMV fixou-se exclusivamente na produção de unidades habitacionais prontas,<<strong>br</strong> />

mais pertinentes ao setor da construção civil, enquanto o PlanHab previu um leque<<strong>br</strong> />

de alternativas habitacionais a custos unitários mais reduzidos (lotes urbanizados e/<<strong>br</strong> />

ou materiais de construção <strong>com</strong> assistência técnica, por exemplo), <strong>com</strong> potencial<<strong>br</strong> />

para atender a um número maior de famílias nas faixas de renda mais baixas. Desse<<strong>br</strong> />

modo, apesar da e<strong>no</strong>rme disponibilidade de recursos, as metas quantitativas do<<strong>br</strong> />

MCMV são tímidas para o atendimento às famílias de me<strong>no</strong>r renda, pois o valor<<strong>br</strong> />

unitário médio do subsídio é mais elevado do que seria necessário numa estratégia<<strong>br</strong> />

que objetivasse garantir o direito à moradia para todos.<<strong>br</strong> />

Segundo Bonduki (2009), o Programa Minha Casa Minha Vida não adotou o con-<<strong>br</strong> />

junto das estratégias que o PlanHab julgou indispensáveis para equacionar o problema<<strong>br</strong> />

habitacional <strong>br</strong>asileiro, seja <strong>no</strong>s eixos que se relacionam <strong>com</strong> os aspectos de demanda<<strong>br</strong> />

habitacional e <strong>com</strong> os aspectos financeiros, seja <strong>no</strong> que se refere à diversidade das regiões<<strong>br</strong> />

e dos municípios.<<strong>br</strong> />

A distribuição das unidades por faixa de renda adotada <strong>no</strong> MCMV não obedece ao<<strong>br</strong> />

perfil do deficit habitacional, <strong>com</strong>o demonstra a Quadro 9, levando em conta que o atual<<strong>br</strong> />

gover<strong>no</strong> promoveu uma forte recuperação do valor real do salário mínimo. Adota, a exem-<<strong>br</strong> />

plo do PlanHab, os valores <strong>no</strong>minais correspondentes às faixas de rendimento.<<strong>br</strong> />

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