O projeto polÃtico pedagógico como instrumento de mudança - Uneb
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Arruda (2000), refere-se a este mo<strong>de</strong>lo <strong>como</strong> cidadania ativa, requerendo o movimento da<br />
socieda<strong>de</strong> civil para o seu próprio <strong>de</strong>senvolvimento, capazes <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finir o Estado e<br />
subordinar a ativida<strong>de</strong> econômica aos objetivos maiores da existência do planeta, uma<br />
sinergia das consciências individuais em prol da coletivida<strong>de</strong>.<br />
Reafirmando este conceito, Gadotti (2000, p.142), afirma que cidadania ativa prescin<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
“... participação da socieda<strong>de</strong> civil organizada nas instâncias <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r institucional.” Defen<strong>de</strong><br />
ainda o conceito <strong>de</strong> cidadania planetária, a percepção da terra <strong>como</strong> uma única comunida<strong>de</strong>.<br />
Tal compreensão implica na existência <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mocracia planetária com o foco para<br />
superação da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> “... com a eliminação das sangrentas diferenças econômicas, a<br />
integração da diversida<strong>de</strong> cultural da humanida<strong>de</strong> e a eliminação das diferenças<br />
econômicas”.(GADOTTI, 2000, p. 79).<br />
Dentro <strong>de</strong>sta perspectiva por enquanto utópica, o mercado precisaria ser estruturado a serviço<br />
do exercício da cidadania a toda a população, mas a realida<strong>de</strong> do país é <strong>de</strong> que apenas a<br />
minoria da população possui estes direitos respeitados; a maioria, no entanto, sobrevive<br />
muitas vezes sem as mínimas condições <strong>de</strong> subsistência e excluídos das mínimas condições<br />
<strong>de</strong> convivência social digna.<br />
Neste contexto, aponta-se a escola e sua função transformadora, <strong>como</strong> um dos principais<br />
pilares para o processo <strong>de</strong> consolidar a <strong>de</strong>mocracia no país:<br />
(...) compete a educação e a escola, nesse sentido, ser um meio <strong>de</strong><br />
contestação da or<strong>de</strong>m dominante, trabalhando para a superação <strong>de</strong> <strong>projeto</strong><br />
políticos pedagógicos que conformem os sujeitos aos padrões <strong>de</strong> exclusões<br />
<strong>de</strong>correntes do processo capitalista <strong>de</strong> produção. Criar espaços para que o<br />
novo mo<strong>de</strong>lo seja problematizado, com vistas a sua superação, é o<br />
compromisso que cabe a escola, ainda que a mesma não <strong>de</strong>tenha todas as<br />
armas para as transformações das relações vigentes. (MATISKEI, 2006, p.<br />
4)<br />
Para que a instituição escolar possa cumprir com sua função social e contribuir para que a<br />
população se aproprie e faça uso dos conhecimentos, ela precisa organizar seu currículo e<br />
processos gerenciais em consonância com esta realida<strong>de</strong>, contextualizando-os na comunida<strong>de</strong><br />
local e global em que está inserida. Enten<strong>de</strong>-se neste estudo que comunida<strong>de</strong> local refere-se<br />
ao espaço na qual a escola está inserida, o entorno escolar, e global o cenário mundial, a<br />
diversida<strong>de</strong> que compõe o planeta e ao mesmo tempo integra todos numa só cultura, a cultura<br />
humana.