20.10.2014 Views

O projeto político pedagógico como instrumento de mudança - Uneb

O projeto político pedagógico como instrumento de mudança - Uneb

O projeto político pedagógico como instrumento de mudança - Uneb

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

95<br />

Assim, é na interação permanente com a realida<strong>de</strong> objetiva, que os estudantes, criam a história<br />

e se fazem seres histórico-sociais. Na afirmação <strong>de</strong> Freire (2005, p.105): “No momento em<br />

que a percepção crítica se instaura, na ação mesma, se <strong>de</strong>senvolve um clima <strong>de</strong> esperança e<br />

confiança que leva os homens a se empenharem na superação das situações-limites.” O autor<br />

<strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> situações limites <strong>como</strong> situações problemas que impulsionam a ação do homem<br />

durante as relações sociais.<br />

Segundo, Cavagnari (1995) existem outros entraves na efetivação PPP no contexto escolar, e<br />

que precisam ser levados em consi<strong>de</strong>ração nas reflexões sobre sua efetivação, <strong>como</strong> também<br />

para subsidiar a elaboração das políticas públicas educacionais. O primeiro seria a alta<br />

rotativida<strong>de</strong> dos professores, que mudam constantemente <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s escolares, não<br />

participando do quadro <strong>de</strong> efetivos da escola, atuando <strong>como</strong> servidores temporários ou<br />

atuando em diversas escolas. Em <strong>de</strong>corrência disto, não conhecem o PPP, não <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a<br />

cultura escolar gerando menor compromisso e fragmentação da ação educativa.<br />

E então, muito diferente a situação <strong>de</strong> docente efetivos que há muito tempo<br />

pertencem ao quadro <strong>de</strong> uma mesma escola: comprometem-se com ela,<br />

passam a gostar daquela escola, porque e sabem que ali esta sua vida e seu<br />

trabalho. (CAVAGNARI, 1995, p100.).<br />

Como segundo, a autora aborda a falta <strong>de</strong> espaço coletivo para discussão periódica entre os<br />

professores, sem um espaço preferencialmente institucionalizado <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> estudos, fica<br />

difícil operacionalizar a formação continuada, base para a efetivação coletiva do PPP. Para se<br />

instaurar uma pratica <strong>de</strong> reflexão coletiva da pratica educativa, os professores precisam se um<br />

respaldo institucionalizado. De espaços previamente <strong>de</strong>finidos e sistematizados <strong>de</strong>ntro da<br />

jornada <strong>de</strong> trabalho para que os problemas sejam <strong>de</strong>batidos, os <strong>projeto</strong>s discutidos e os<br />

estudos realizados.<br />

Um terceiro entrave i<strong>de</strong>ntificado pela autora compreen<strong>de</strong> a fragilida<strong>de</strong> dos conceitos teóricos<br />

dos educadores, a consciência <strong>de</strong> que os educadores não conseguem relacionar suas ações a<br />

seus objetivos, muito menos inter-relacionar os <strong>projeto</strong>s por eles <strong>de</strong>senvolvidos com a<br />

filosofia, as metas e aos objetivos mais gerais do <strong>projeto</strong> da escola. Percebe-se em muitos<br />

profissionais um total <strong>de</strong>scompromisso com a educação publica enquanto direito social.<br />

Segundo a autora este perfil está atrelado à formação ineficiente e pouca vivência em<br />

experiências <strong>de</strong>mocráticas e transformadoras.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!