O projeto polÃtico pedagógico como instrumento de mudança - Uneb
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A pouca experiência <strong>de</strong>mocrática dos profissionais, sua pouca vivencia <strong>de</strong><br />
participação e sua <strong>de</strong>ficiente preparação teórica para assumir tal<br />
responsabilida<strong>de</strong>, aliadas ao fato <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma pratica nova para as<br />
escolas constituem elementos obstaculizadores para o processo <strong>de</strong> construção<br />
do <strong>projeto</strong> político-pedagógico. (CAVAGNARI, 1995, p.101.)<br />
O quarto e último entrave, diz respeito à implantação apressada <strong>de</strong> novas políticas<br />
educacionais, sem disponibilizar o tempo a<strong>de</strong>quado para que os sistemas <strong>de</strong> ensino assimilem<br />
e coloquem em ação mudanças tão profundas. Esta realida<strong>de</strong> conduz ao enfraquecimento das<br />
propostas, a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> e falta <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong> no sistema. Descaracteriza-se <strong>de</strong>ssa<br />
forma a educação enquanto ação sistemática, planejada e intencional, efetivando no interior<br />
escolar uma prática <strong>de</strong> <strong>projeto</strong>s e planos soltos, fragmentados e muitas vezes sem a mínima<br />
relação com as necessida<strong>de</strong>s dos estudantes.<br />
Falta aos sistemas <strong>de</strong> ensino também gestão do processo, m que exista maior<br />
preocupação com as ativida<strong>de</strong>s meio e a implantação não somente com a<br />
ativida<strong>de</strong> fim. São necessárias, pois, paralelamente a implantação, ações <strong>de</strong><br />
preparação, acompanhamento e avaliação periódicas para replenejamento e<br />
aperfeiçoamento do processo. (CAVAGNARI, 1995, p.102)<br />
Urge consolidar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educação multicultural, <strong>de</strong>mocrático, que respeite a<br />
diversida<strong>de</strong> e peculiarida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada comunida<strong>de</strong> educativa e <strong>de</strong> cada sujeito, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
educação realmente comprometido com a emancipação e transformação social <strong>de</strong> todos.<br />
Contribuindo com esta discussão, Martins (1995), nos alerta que são necessárias algumas<br />
condições para que a escola elabore seu <strong>projeto</strong> político pedagógico comprometido com o<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> educação para a emancipação. Mudanças <strong>de</strong> concepção, com relação a:<br />
1. centralida<strong>de</strong> da escola e, por <strong>de</strong>corrência, da sala <strong>de</strong> aula, resgatada<br />
<strong>como</strong> lócus por excelência do processo educacional, implica pensar a<br />
qualida<strong>de</strong> da educação nos aspectos políticos e culturais da ação<br />
pedagógica, isto è, com a dimensão instrumental da educação.<br />
2. novos <strong>de</strong>safios na administração política e na gestão da educação, os<br />
quais implicam a construção <strong>de</strong> um referencial mais estável, que aju<strong>de</strong><br />
na eliminação das administrações relâmpagos, garantindo continuida<strong>de</strong><br />
da política educacional,ao longo dos sucessivos governos, avaliação da<br />
eficácia no processo <strong>de</strong> mudança política e retomada <strong>de</strong> confiança por<br />
parte dos professores e da comunida<strong>de</strong> escolar em geral, das políticas<br />
apresentadas a cada inicio do governo.