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O projeto político pedagógico como instrumento de mudança - Uneb

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a<strong>como</strong>dação. Com a a<strong>como</strong>dação, é criado o novo conhecimento, produzido pelo aluno na<br />

interação com o conhecimento, este processo consolida-se com a mediação do professor.<br />

Assim, para organizar a ação educativa fundamentada na pedagogia relacional, o professor<br />

precisa buscar o que o aluno já construiu até aquele momento, seus conceitos e concepções<br />

acerca do mundo, para que a partir daí, promova aprendizagens futuras através da ação dos<br />

alunos sobre a realida<strong>de</strong> vivida. Ou seja, o processo <strong>de</strong> ensino e aprendizagem parte sempre<br />

do conhecimento prévio do aluno, a intervenção do professor, possibilita evolução sucessivas<br />

<strong>de</strong>stas aprendizagens.<br />

Os princípios da pedagogia relacional atuam em consonância com os princípios da educação<br />

emancipadora e do currículo multicultural, balizando uma ação educativa <strong>de</strong>mocrática, que<br />

respeita a historicida<strong>de</strong> e contribuição <strong>de</strong> todos. Elaborar um <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> cunho coletivo inci<strong>de</strong><br />

em consi<strong>de</strong>rar em caráter relacional do processo <strong>de</strong> ensino e aprendizagem. Compreen<strong>de</strong>r que<br />

a educação ocorre a partir das relações produzidas no interior da escola e do próprio processo<br />

<strong>de</strong> construção do conhecimento. O educador Paulo Freire, um dos <strong>de</strong>fensores da pedagogia<br />

relacional, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a importância do diálogo para que a prática educativa se constitua numa<br />

ação emancipadora. “ O diálogo é este encontro dos homes, midiatizados pelo mundo, para<br />

pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu.” Freire, 2005, p.91<br />

A palavra é a forma utilizada pelo homem para se expressar e se relacionar, então para Freire,<br />

não existe palavra verda<strong>de</strong>ira que não seja pela práxis, ou seja, ação que não seja precedida <strong>de</strong><br />

reflexão e que gere ação refletida. A palavra não comprometida com a ação, com a<br />

transformação, que não tenha no seu constructo o caráter reflexivo, é palavra vazia, alienante.<br />

Da mesma forma quando se prioriza apenas a ação, sem reflexão <strong>de</strong>sta, cai-se no ativismo,<br />

não promovendo também o diálogo.<br />

Segundo Freire: “Existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo”, pois, “Não é<br />

no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão” (2005,<br />

p.90). Enfatiza-se, <strong>de</strong>ssa maneira, que é pronunciando a palavra, na relação com o outro que o<br />

homem se transforma e transforma o mundo. O diálogo é o caminho pelo qual o homem se<br />

humaniza. A mudança em educação, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong> vista, ocorrerá pelo diálogo pela<br />

ação/reflexão dos sujeitos envolvidos em cada contexto.

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