11.07.2015 Views

Direito à Memória e à Verdade - DHnet

Direito à Memória e à Verdade - DHnet

Direito à Memória e à Verdade - DHnet

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADENa certidão fornecida pela ABIN à CEMDP consta unicamente que, em março de 1975, o nome de José de Lima fazia parte de uma relaçãoelaborada pelo SNI de mortos e desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. Em 1979, foi anistiado no Processo n.13/72, da 6ª CJM, onde constaa relação de pessoas condenadas pela Lei de Segurança Nacional (LSN) absolvidas em face da Lei n. 6.683/79.CUSTÓDIO SARAIVA NETO (1952–1973)Número do processo: 007/96Filiação: Hilda Quaresma Saraiva Leão e Dario Saraiva LeãoData e local de nascimento: 05/04/1952, Fortaleza (CE)Organização política ou atividade: PCdoBData do desaparecimento: entre janeiro e 15/02/1974Data da publicação no DOU: Lei nº 9.140/95 – 04/12/95Cearense de Fortaleza, compunha com Uirassu Assis Batista, seu companheiro de atividades no Movimento Estudantil secundarista – Custódioem Fortaleza, Uirassu em Salvador -, a dupla mais jovem entre todos os guerrilheiros do Araguaia, tendo nascido no mesmo dia epossuindo ambos 20 anos quando se iniciaram os confrontos armados. Perseguido por sua militância estudantil no Ceará e já militante doPCdoB, optou por ir viver às margens do Araguaia, estabelecendo-se na localidade de Chega com Jeito, próximo a Brejo Grande, onde ficouconhecido como Lauro.Incorporou-se ao Destacamento A, sendo mais tarde transferido para o corpo da guarda da Comissão Militar. Foi visto pela última vez porseus companheiros no dia 30 de dezembro de 1973. O Relatório do Ministério da Marinha, apresentado em 1993 ao ministro da Justiça,afirma que Custódio “foi morto em 15 de fevereiro de 1974, em Xambioá”.Os jornalistas Taís Morais e Eumano Silva escreveram sobre ele em Operação Araguaia: “Órfão de pai, começou a militar no MovimentoSecundarista do Ceará. Participou de manifestações de rua e entrou para a lista dos perseguidos da repressão. Viajou pelo Brasil para ajudarna organização política dos estudantes do segundo grau. Num encontro entre dirigentes da UBES e da UNE, em Salvador, conheceu militantesmais tarde deslocados para o Araguaia. Entre eles estava a líder Helenira Resende. Combateram juntos no Destacamento A. Durante os confrontos,Lauro foi deslocado para a guarda da Comissão Militar. Morreu em 15 de fevereiro de 1974, segundo a Marinha”.ANTÔNIO THEODORO DE CASTRO (1945–1974)Número do processo: 141/96Filiação: Benedita Pinto de Castro e Raimundo de Castro SobrinhoData e local de nascimento: 12/04/1945, Itapipoca (CE)Organização política ou atividade: PCdoBData do desaparecimento: 27/02/74Data da publicação no DOU: Lei nº 9.140/95 – 04/12/95Cearense de Itapipoca, cursou até o 4º ano de Farmácia na Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, e era diretor da Casa do EstudanteUniversitário. Foi obrigado a se transferir para o Rio de Janeiro devido às perseguições políticas advindas de sua participação no MovimentoEstudantil. Matriculou-se na Faculdade de Farmácia e Bioquímica da UFRJ, onde continuou a participar das atividades estudantis em 1969e 1970, militando também no PCdoB. Com o recrudescimento das perseguições políticas, Antônio foi deslocado em 1971 para o Araguaia,indo residir na região do rio Gameleira. Pertencia ao Destacamento B, sendo conhecido por Raul, Teo e Ceará.Segundo o Relatório Arroyo, Antônio já havia sido ferido no dia 30/09/72, quando desapareceram João Carlos Haas Sobrinho, Ciro Fláviode Oliveira e Manoel Nurchis. No relatório do Ministério da Marinha consta: “Fev./74 - Foi morto durante ataque de terroristas à equipe que| 244 |

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!