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Direito à Memória e à Verdade - DHnet

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DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADEmilitando na VPR, foi preso no Largo da Glória, no Rio de Janeiro. Participava de tarefas relacionadas com o seqüestro do embaixador daAlemanha, o que não revelou aos órgãos de segurança quando interrogado sob torturas. A VPR manteve o plano de seqüestro e Eudaldo foibanido do Brasil no dia 15/06/1970, com mais 39 presos políticos trocados pelo embaixador Von Holleben. Da Argélia, seguiu para Cuba,onde fez treinamento militar. Eudaldo e Pauline viviam como marido e mulher quando foram mortos.EVALDO LUIZ FERREIRA DE SOUZA (1942-1973)Número do processo: 136/96Data e local de nascimento: 05/06/1942, Pelotas (RS)Filiação: Maria Odete de Souza e Favorino Antônio de SouzaOrganização política ou atividade: VPRData e local da morte: entre 07 e 09/01/1973, Olinda (PE)Relator: Paulo Gustavo Gonet BrancoDeferido em: 29/02/1996 por unanimidadeData da publicação no DOU: 06/03/1996Gaúcho de Pelotas, Evaldo tinha sido marinheiro, companheiro do cabo Anselmo nas mobilizações ocorridas na Armada durante o períodoque precedeu a derrubada de João Goulart. Participaram ambos da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais. Evaldo ficou preso pornove meses depoi de abril de 1964, sendo expulso da Marinha. Ao ser libertado, retomou sua militância política, vinculando-se ao MNR. Em1966, foi julgado e condenado a cinco anos de prisão. Optou pelo exílio, onde estreitou seus laços de amizade com o agente Anselmo. Ficouoito anos no exterior, cinco deles em Cuba, onde recebeu treinamento de guerrilha com o objetivo de regressar ao Brasil. Não foi possívelesclarecer as verdadeiras condições, local e momento da prisão.JARBAS PEREIRA MARQUES (1948-1973)Número do processo: 012/96Filiação: Rosália Pereira Marques e Antônio Pereira MarquesData e local de nascimento: 27/08/1948, Recife (PE)Organização política ou atividade: VPRData e local da morte: entre 07 e 09/01/1973, Abreu e Lima (PE)Relator: Paulo Gustavo Gonet BrancoDeferido em: 08/02/1996 por unanimidadeData da publicação no DOU: 12/02/1996Pernambucano de Recife, Jarbas era estudante e comerciante, casado com Tércia Maria Rodrigues Marques, com quem teve uma filha,Nadejda Rodrigues Marques. De acordo com o relato de Tércia, no dia 09/01/1973 Jarbas foi trabalhar e não voltou depois do almoço.Quando ligou para a livraria onde o marido trabalhava soube que dois homens o haviam levado e deixaram um recado: “ele não regressariamais”. Tércia decidiu se esconder com a filha e no dia 11 de janeiro a mãe de Jarbas, Rosália Pereira, soube pela imprensa que seu filho foramorto. Rosália foi ao IML e viu o filho com o rosto desfigurado, com marcas de torturas e tiros por todo corpo. Temendo pela vida da filha,Tércia deixou o Brasil e só regressou em abril de 1979. Segundo ela, Jarbas não militava em qualquer organização clandestina até conhecero cabo Anselmo.Jarbas já tinha sido preso anteriormente, em 17/08/1968, quando distribuía panfletos convocando os estudantes a comparecerem ao congresso daUBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. A polícia invadiu sua casa e encontrou livros e manifestos considerados subversivos.| 330 |

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