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Direito à Memória e à Verdade - DHnet

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COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOSEm São Paulo, durante a gestão da prefeita Luiza Erundina, foi inaugurado em 1992 um complexo viário na confluência entre a avenidaJoão Dias e a Marginal Pinheiros, contíguo à praça Alceu Amoroso Lima, que é composto de três grandes viadutos, recebendo cada um onome de um militante assassinado pelos órgãos de repressão política durante o regime militar: Honestino Guimarães, Sônia Moraes AngelJones e Frederico Eduardo Mayr.LAURIBERTO JOSÉ REYES (1945-1972)Número do processo: 270/96Filiação: Rosa Castralho Reyes e José Reyes Daza JúniorData e local de nascimento: em 2/3/1945, São Carlos (SP)Organização política ou atividade: MOLIPOData e local da morte: 27/2/1972, em São Paulo (SP)Relator: Nilmário MirandaDeferido em: 7/8/1997 por 6x1 (voto contra do general Oswaldo Pereira Gomes)Data da publicação no DOU: 13/8/1997ALEXANDER JOSÉ IBSEN VOERÕES (1952-1972)Número do processo: 050/02Filiação: Carmem Ibsen Chateau e Alexander Voerões TothData e local de nascimento: 5/7/1952, Santiago (Chile)Organização política ou atividade: MOLIPOData e local da morte: 27/2/1972, em São Paulo (SP)Relator: André Sabóia MartinsDeferido em: 7/10/2004 por unanimidadeData da publicação no DOU: 11/10/2004Alexander José Ibsen Voerões e Lauriberto José Reyes, militantes do Molipo, foram mortos em São Paulopor agentes do DOI-CODI/SPem 27/2/1972.Alexander era chileno, estudante secundarista, e morreu com 19 anos. Estudou no colégio Aplicação até 1969 e, no ano seguinte,preparou-se para o vestibular no curso Equipe, em São Paulo. Não há outros registros de sua biografia na CEMDP. Os órgãos de segurançao incluem como participante de inúmeras ações armadas em São Paulo desde 1970, realizadas pela ALN, da qual tinha sidomilitante, e pelo MOLIPO.Paulista de São Carlos, Lauriberto era estudante da Escola Politécnica da USP, morador do CRUSP, versado no debate de questões culturais,tendo em 1968 polemizado intensamente sobre temas como o tropicalismo e a relação entre militância política e criação artística. Integroua diretoria da UNE e foi um dos organizadores do 30º Congresso da entidade em Ibiúna, em 1968, onde foi preso, sendo libertado no diaseguinte para comparecer ao enterro do pai em sua terra natal. Integrou a Dissidência Estudantil do PCB/SP até a formação da ALN. Conformejá mencionado na apresentação do caso Ruy Berbert, os órgãos de segurança do regime militar acusavam Lauriberto de ser um dostrês militantes reconhecidos entre os nove que seqüestraram um avião da Varig na rota Buenos Aires-Santiago, em 4/11/1969, desviando-opara Cuba. Há informações de que, efetivamente, Lauriberto esteve em Cuba recebendo treinamento militar, ocasião em que se integrou aogrupo dissidente da ALN gerador do MOLIPO, retornando ao Brasil em 1971. Os mesmos organismos de repressão o incluíam como um dosguerrilheiros envolvidos num choque em que morreu um sargento da PM de São Paulo, poucas semanas antes de sua própria morte.| 287 |

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