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Direito à Memória e à Verdade - DHnet

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COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOSJOSÉ MAURÍLIO PATRÍCIO (1944-1974)Número do processo: 199/96Filiação: Izaura de Souza Patricio e Joaquim PatricioData e local de nascimento: 13/09/1944, Santa Tereza (ES)Organização política ou atividade: PCdoBData do desaparecimento: outubro de 1974Data da publicação no DOU: Lei nº 9.140/95 – 04/12/95Capixaba de Santa Teresa, iniciou seus estudos no Colégio Singular, em São João de Petrópolis, em 1954. No ano seguinte foi para o GrupoEscolar do Colégio Agrícola de Santa Tereza, onde terminou o curso primário. Continuou na mesma escola, no curso de Iniciação Agrícolae, em seguida, no Curso de Técnico Agrícola, formando-se em 1966.Em 1967, foi para o Rio de Janeiro, estudar na Universidade Rural, onde cursou Educação Técnica. Em 1968, foi preso no 30º Congresso daUNE, em Ibiúna (SP). Após a edição do AI-5, passou a atuar na clandestinidade. Mais tarde, já militante do PCdoB, mudou-se para o Araguaia,indo viver nas margens do Rio Gameleira e integrando-se ao Destacamento B e adotando o codinome Manoel.A última informação sobre ele no Relatório Arroyo é que, “(...) junto com Suely Kamayano havia saído antes do dia 25/12/73, para buscarCilon e José Lima Piauhy Dourado. Deveriam retornar dia 28/12, ao local onde houve o tiroteio do dia 25/12. Nunca mais foram vistos”. ORelatório do Ministério da Marinha, de 1993, traz a informação de que “foi morto em out/74, na localidade de Saranzal”. O Relatório daMarinha, do mesmo ano, contém a informação de que teria realizado curso de guerrilha “provavelmente na China”.WALQUÍRIA AFONSO COSTA (1947-1974)Número do processo: 181/96Filiação: Odete Afonso Costa e Edwin CostaData e local de nascimento: 02/08/1947, Uberaba (MG)Organização política ou atividade: PCdoBData do desaparecimento: entre 30/09 e 25/10/1974Data da publicação no DOU: Lei nº 9.140/95 – 04/12/95Pelas informações reunidas, Walquíria foi a mais duradoura entre todos os guerrilheiros mortos ou desaparecidos no Araguaia. Walk, comoera chamada pela família, mineira de Uberaba, fez o primário em Patos de Minas (MG) e as duas primeiras séries do curso ginasial no GinásioRio Branco, em Bom Jesus de Itabapoana (RJ). Com a transferência da família para Pirapora (MG), terminou o ginasial no Colégio NossaSenhora do Santíssimo Sacramento. No período de 1963 a 1965, estudou no Colégio São João Batista, onde terminou o Curso Normal,passando a lecionar em alguns grupos escolares da cidade.Em 1966, prestou concurso público para o Estado e foi nomeada professora, transferindo-se então para Belo Horizonte. Walquíria prestouo vestibular para o curso de Pedagogia da Faculdade de Artes e Educação, na UFMG, classificando-se em segundo lugar. Freqüentou os trêsprimeiros anos do curso. Em 1968 participou, junto com outros colegas, da fundação do Diretório Acadêmico da Faculdade de Educação.Nesse período, as perseguições políticas começaram a se intensificar. Walquíria, vice-presidente do DA foi procurada por agentes do DOPS/MG e teve sua casa invadida sob a alegação de envolvimento em reuniões estudantis.Em 1971, já ligada ao PCdoB, decidiu mudar-se para a região do Araguaia, junto com seu marido, Idalísio Soares Aranha Filho, tambémmembro do partido. Fez parte do Destacamento B, comandado por Osvaldo Orlando da Costa, na localidade de Gameleira. Em julho de 1973,Walquíria foi julgada à revelia pela Auditoria da 4ª Região Militar, em Juiz de Fora, sendo absolvida.| 263 |

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