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Economia Solidára na America Latina SENAES SOLTEC

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Vou explicar como se fazem políticas de <strong>Economia</strong> Solidária no país. É bem mais<br />

complexo do que pode parecer à primeira vista. A responsabilidade por essas políticas<br />

é da Secretaria Nacio<strong>na</strong>l, mas nós as fazemos tomando as condições que o governo nos<br />

oferece, nós somos parte do governo federal, os recursos fi<strong>na</strong>nceiros do orçamento dependem<br />

do governo federal. As políticas nós decidimos quais são, mas com quantos<br />

recursos podemos contar para cada uma delas dependerá da dotação orçamentária e,<br />

quando o parlamento aprova o orçamento, ele aprova um valor para a <strong>Economia</strong> Solidária,<br />

para a <strong>SENAES</strong>, esse dinheiro não é liberado imediatamente, é liberada uma<br />

fração muito peque<strong>na</strong>, algo como 20% vários meses depois de aprovado o orçamento.<br />

Pode parecer detalhe, mas não é. Até março, nós ape<strong>na</strong>s planejamos, em março a<br />

gente obtém esse primeiro recurso e depois depende do Ministério da Fazenda, do Ministério<br />

do Planejamento e do Ministério do Trabalho, quando outras partes do orçamento<br />

acabam sendo liberadas.<br />

Isso não ocorre só com a <strong>SENAES</strong>, isso ocorre no governo federal inteiro. Uma<br />

grande parte do orçamento é liberada entre o Natal e o Ano Novo – estou falando isso<br />

publicamente porque é verdade. Nessa curta sema<strong>na</strong>, a gente tenta usar ao máximo o<br />

que pode. Mas <strong>na</strong> verdade, agora em 2011 nós estamos executando o orçamento de<br />

2010, restos a pagar de 2009, restos a pagar provavelmente de 2008 também.<br />

Um triângulo de três vértices condicio<strong>na</strong> as políticas públicas que nós conseguimos<br />

implementar. Um vértice é obviamente o movimento, outro vértice é o governo e o terceiro<br />

vértice é que nós não temos outra forma de implementar as políticas a não ser<br />

em parceria com as entidades da sociedade civil que são da <strong>Economia</strong> Solidária, que<br />

entendem e fomentam a <strong>Economia</strong> Solidária. Nós temos que selecio<strong>na</strong>r essas entidades<br />

por chamada pública, é obrigatório. Não podemos escolher a entidade por que ela entende<br />

muito do assunto, não é assim. Nós fazemos uma chamada, sai no diário oficial,<br />

damos um prazo de um mês, pelo menos, para que as entidades interessadas mandem<br />

projetos – formalmente é a entidade que oferece a política à <strong>SENAES</strong>, mas somos nós<br />

que provocamos a elaboração dos projetos pela chamada.<br />

Dos projetos apresentados, uma comissão de servidores escolhe os melhores. São<br />

deze<strong>na</strong>s de projetos que chegam, leva algum tempo para se conseguir classificar e fi<strong>na</strong>lmente<br />

tentar contratar os ganhadores da chamada. Mas não é imediato, porque há um<br />

prazo para recursos das entidades que não foram escolhidas. Geralmente eles não são<br />

suficientes para mudar o resultado fi<strong>na</strong>l. Só depois que os vencedores da chamada são<br />

contratados, é que começa a entrar em vigor a política.<br />

Quero chamar a atenção para a importância de nossos parceiros da sociedade civil:<br />

eles são decisivos. Uma política pode ser importante, bem imagi<strong>na</strong>da, bem desenhada<br />

etc.; se a entidade que ganhou a chamada não for competente o suficiente, não tiver experiência,<br />

ela poderá fracassar e nós não temos como recuar a não ser quando há coisas<br />

SEÇÃO I 51

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