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Economia Solidára na America Latina SENAES SOLTEC

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A <strong>Economia</strong> Solidária <strong>na</strong> América Lati<strong>na</strong>: realidades <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e políticas públicas<br />

Nesse ano, tivemos algumas ações importantes do ponto de vista de diálogo interno do<br />

governo sobre o tema da <strong>Economia</strong> Solidária, com o esforço coletivo de inserirmos os<br />

temas da informalidade, da autogestão e da <strong>Economia</strong> Solidária no Fórum Nacio<strong>na</strong>l do<br />

Trabalho. Isso, por meio da constituição de um espaço de discussão específica sobre as<br />

formas de organização do trabalho que não são tipicamente capitalistas. Tal iniciativa<br />

teve uma forte repercussão política do ponto de vista das controvérsias inter<strong>na</strong>s do que<br />

representa a inserção das outras formas de organização do trabalho num ambiente no<br />

qual predomi<strong>na</strong> o tema do assalariamento. Ao mesmo tempo trata-se de um campo que<br />

nos aproxima e ao mesmo tempo nos afasta periodicamente dos pequenos empreendimentos,<br />

das micro e peque<strong>na</strong>s empresas e em termos mais gerias da economia popular.<br />

Aproximações, contradições e conflitos que permanecem até hoje, em 2011.<br />

Ainda em 2003, iniciamos, sem condições institucio<strong>na</strong>is adequadas, o mapeamento<br />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l da <strong>Economia</strong> Solidária e fizemos o primeiro esforço de um diálogo interministerial<br />

entre a <strong>SENAES</strong> e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial<br />

(SEPPIR). Foi a elaboração de um projeto de desenvolvimento territorial com base no<br />

etnodesenvolvimento, que abriu, de alguma maneira, uma reflexão que, por sua vez,<br />

resultou <strong>na</strong> abordagem territorial das políticas de <strong>Economia</strong> Solidária.<br />

Em 2005, avançamos em outra pauta importante para o movimento, que foi a realização<br />

de uma campanha da <strong>Economia</strong> Solidária construída no diálogo com o fórum brasileiro,<br />

bem como o lançamento do programa de feiras. Assim, a pauta da comercialização como<br />

parte da agenda da secretaria interagiu com a histórica experiência da Feira de Santa Maria<br />

(RS), de forma que não houve novidade <strong>na</strong> política, houve sim um diálogo novo e um fortalecimento<br />

de ações se desenvolvendo <strong>na</strong> política. Com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB),<br />

em 2005, tivemos o início de ações mais sistemáticas com o Convênio da <strong>SENAES</strong> com o<br />

BNB para promover as Fi<strong>na</strong>nças Solidárias. Tivemos um diálogo com o microcrédito produtivo<br />

orientado, que foi a grande política anunciada pelo governo Lula para fi<strong>na</strong>nciamento<br />

dos pobres. Aí, nós interagimos muito com esse debate de como o microcrédito poderia interagir<br />

com a <strong>Economia</strong> Solidária, tendo muita consciência dos limites desse tipo de política<br />

para as demandas do movimento.<br />

Em 2006, avançamos <strong>na</strong> agenda da institucio<strong>na</strong>lidade da participação social. O diálogo,<br />

até esse ano, era um diálogo ‘face a face’ com o Fórum Brasileiro por meio, por<br />

exemplo, dos vários grupos de trabalho.<br />

A partir de 2006, nós incorporamos aquilo que é prática do processo de democratização das políticas públicas<br />

no Brasil: a constituição dos espaços de participação e controle social – com a instalação do Conselho<br />

Nacio<strong>na</strong>l de <strong>Economia</strong> Solidária e com a realização da primeira Conferência Nacio<strong>na</strong>l da <strong>Economia</strong> Solidária,<br />

colocando o grande debate da <strong>Economia</strong> Solidária como estratégia de desenvolvimento.

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