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Economia Solidára na America Latina SENAES SOLTEC

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A <strong>Economia</strong> Solidária <strong>na</strong> América Lati<strong>na</strong>: realidades <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e políticas públicas<br />

A partir de 2010, continuamos avançando <strong>na</strong> constituição da política e incorporando<br />

um tema muito caro para a <strong>Economia</strong> Solidária que diz respeito ao crédito, com<br />

a compreensão de que o crédito também é uma forma de organização da <strong>Economia</strong> Solidária.<br />

E, portanto, a temática das fi<strong>na</strong>nças solidárias por meio dos bancos comunitários,<br />

dos fundos solidários, das cooperativas de crédito foi se consolidando.<br />

Mas vejam que nós já estamos em 2011. Houve um percurso de construção processual.<br />

Ele não foi automático, mas sim uma construção histórica que foi ganhando espaço.<br />

Por isso, esse registro especial em 2010 <strong>na</strong> agenda do presidente Lula. Além da oportunidade<br />

de apresentação dos resultados da segunda Conferência Nacio<strong>na</strong>l, tivemos a assi<strong>na</strong>tura<br />

de dois decretos presidenciais: um relativo ao Sistema Nacio<strong>na</strong>l de Comércio Solidário<br />

e o outro sobre o Programa Nacio<strong>na</strong>l de Incubadoras de Cooperativas Populares.<br />

E chegamos a 2011 com um grande desafio de debater sobre o lugar institucio<strong>na</strong>l<br />

da política, de como consolidarmos e avançarmos a política pública – que foi o debate<br />

sobre o projeto de lei de criação da Secretaria das Micro e Peque<strong>na</strong>s Empresas.<br />

O segundo tema que nos desafia muito é a questão do Brasil Sem Miséria, já colocada<br />

aqui, e a forma como a <strong>Economia</strong> Solidária dialoga com essa prioridade social e<br />

gover<strong>na</strong>mental. O terceiro tema que é como nós nos institucio<strong>na</strong>lizamos nos mecanismos<br />

próprios de gestão do poder executivo. Na elaboração do plano plurianual (PPA<br />

2012-2015) a economia solidária passou a dialogar com questões públicas para além do<br />

mundo do trabalho. Nesse caso, a <strong>Economia</strong> Solidária – como estratégia de desenvolvimento<br />

– se incorporou ao Programa de Desenvolvimento Regio<strong>na</strong>l, Territorial Sustentável<br />

e <strong>Economia</strong> Solidária. Tudo isso vai dando o desenho do caráter processual da<br />

política e da temporalidade de como as coisas foram acontecendo.<br />

Foi se configurando uma política – que não foi pensada e idealizada em 2003 – voltada<br />

para uma ação estratégica. Se a estratégia não é explícita, ela ao menos conduz o<br />

‘fio da meada’ desse processo.<br />

Em relação ao próprio fortalecimento institucio<strong>na</strong>l, este passou pelo reconhecimento da institucio<strong>na</strong>lização<br />

da Secretaria, mas fundamentalmente pela articulação intersetorial ou interministerial<br />

da <strong>SENAES</strong> com outros ministérios. Essa talvez tenha sido a tarefa que mais tomou tempo e<br />

que representa mais avanços do ponto de vista do diálogo interno do governo sobre a temática da<br />

<strong>Economia</strong> Solidária. E que avança mais recentemente para uma articulação federativa com estados<br />

e municípios a fim de implementar as políticas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is de <strong>Economia</strong> Solidária. A questão federativa<br />

no Brasil é uma questão importante do processo de construção democrático e também dado<br />

às especificidades do território <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.

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