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Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download

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A luz filtrada pelas janelas e pelas pare<strong>de</strong>s mu<strong>do</strong>u <strong>de</strong> cor, os olhos <strong>de</strong> <strong>Adhara</strong> já estavam<br />

ar<strong>de</strong>n<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> Mira a chamou:<br />

– Venha dar uma olhada nisto.<br />

A jovem ergueu a cabeça e se levantou. O mestre tinha um livro aberto diante <strong>de</strong> si; ficou atrás<br />

<strong>de</strong>le. Levou algum tempo para seus olhos cansa<strong>do</strong>s focalizarem a imagem. Quan<strong>do</strong> conseguiram,<br />

ela estremeceu.<br />

– O próprio!<br />

– Isso mesmo – disse Mira com calma.<br />

– O que é?<br />

– Um punhal ritual, usa<strong>do</strong> nas cerimônias <strong>de</strong> iniciação <strong>de</strong> uma seita chamada A Congregação<br />

<strong>do</strong>s Vigias.<br />

<strong>Adhara</strong> sentiu o coração bater com força. Dizia-lhe alguma coisa aquele nome? Lembrava-se<br />

<strong>de</strong>le?<br />

– Aqui, no entanto, nada mais dizem que nos possa ajudar. – Mira virou-se para ela. – Esqueça<br />

to<strong>do</strong>s aqueles livros, já não precisamos <strong>de</strong>les. Temos que <strong>de</strong>scobrir mais sobre estes Vigias.<br />

Levantou-se e foi falar novamente com o bibliotecário, com o qual conversou baixinho por<br />

algum tempo.<br />

<strong>Adhara</strong> ficou sozinha diante <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho <strong>do</strong> punhal. Leu o comentário. Nada além daquilo que<br />

Mira já dissera. Nenhuma informação acerca da seita.<br />

Vigias... Vigias...<br />

“Fique aqui, não se mexa. Não vou <strong>de</strong>morar.”<br />

Ficou petrificada. Aquelas palavras haviam volta<strong>do</strong> à sua memória, tão claras, tão cristalinas.<br />

E agora preenchiam-na. Percebeu uma sensação <strong>de</strong> extremo sofrimento.<br />

Estava sozinha, na escuridão.<br />

O barulho <strong>do</strong>s novos volumes coloca<strong>do</strong>s na mesa pelo mestre a fez estremecer.<br />

– O que foi? – perguntou ele.<br />

<strong>Adhara</strong> fitou-o <strong>de</strong>snorteada.<br />

– Tive uma espécie <strong>de</strong> lembrança. Mas não sei o que é... Uma voz que me diz para não sair<br />

dali, que voltará para me buscar.<br />

– Talvez a sua memória esteja voltan<strong>do</strong>. Vamos continuar. – Mira sentou-se. – Preste atenção,<br />

só procure informações sobre os tais Vigias.<br />

<strong>Adhara</strong> voltou ao seu lugar.<br />

Tiveram praticamente <strong>de</strong> escorraçá-los.<br />

– Estamos fechan<strong>do</strong>.<br />

Mira estava len<strong>do</strong> as últimas linhas <strong>do</strong> último volume; <strong>Adhara</strong> ainda tinha <strong>do</strong>is diante <strong>de</strong> si.<br />

– Sinto muito, mas agora terão realmente <strong>de</strong> ir embora – insistiu o bibliotecário.<br />

A contragosto, foram força<strong>do</strong>s a sair. <strong>Adhara</strong> estava exausta.<br />

Encontraram-se com Amhal no Palácio <strong>do</strong> Exército, no refeitório. O rapaz também estava

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