Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download

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A DOENÇA
Na manhã seguinte acordaram bem cedo. Amhal disse que queria sair em viagem sem demora. – Seja como for, precisamos encontrar alguma coisa que você possa vestir. Com essas roupas que escolheu, parece mais um espantalho – acrescentou. Adhara ficou vermelha. Passaram rapidamente numa feirinha: algumas barracas encostadas umas nas outras, frutas e verduras à mostra sob o sol, peças de carne, algumas roupas. Adhara deixou-se encantar pelos perfumes e pelas cores. Era incrível como só o fato de ter um nome mudava de alguma forma todas as coisas. Ainda se considerava estrangeira numa terra estranha, mas muito menos perdida do que um dia antes. É claro, também tinha a ver com Amhal, que estava ao seu lado, mas não era só isso. Agora ela tinha uma identidade. Dirigiram-se a uma barraca apinhada de roupas penduradas por toda parte. Acanhada, Adhara deu uma olhada na mercadoria. Quando se sentiu bastante segura, aproximou-se. Esticou a mão, apalpou uma calça de camurça. Encarou fixamente o mercador e esboçou um tímido: – Quanto? Vestiu-a atrás de um pequeno biombo armado num canto. Não tinha certeza de que ninguém pudesse esticar a cabeça para espiar, mas havia um espelho. Virou-se de costas, tentando ver como lhe caía nas pernas e no traseiro. Assentava-lhe muito melhor do que as outras. Também escolheu um par de botas, mas ficou com a blusa e o corpete que já tinha. Finalmente, ajeitou o cinto com o punhal. Quando acabou, sentiu-se perfeitamente à vontade. Eram trajes de homem, como Amhal dissera antes. Mas, então, por que se sentia tão confortável ao vesti-los? E por que o peso do punhal, na cintura, dava-lhe toda aquela segurança? Estes pequenos indícios guardam o mistério daquilo que sou e de onde venho, disse a si mesma. Talvez Amhal pudesse realmente ajudá-la a destrinchar aquela meada. Dera-lhe um nome, talvez também pudesse dar-lhe um passado. Obviamente, quem se encarregou da conta foi ele. – Obrigada... Espero que não tenha sido demais – disse enquanto o via mexer no alforje com ar preocupado. – Não, não... são coisas relativamente baratas. E além do mais lhe caem bem – respondeu ele, admirando-a. Adhara enrubesceu, mas ficou lisonjeada. Saíram da torre, os guardas afastaram as lanças deixando-os passar, e lá estavam eles de novo, na zona mais externa e mais nova de Salazar. Amhal sabia muito bem para onde ir, e Adhara troteava tranquilamente ao seu lado, segura. Só tinha perambulado por lá à noite, e no escuro o lugar parecera-lhe caótico e assustador. Mesmo sob a luz do dia permanecia indecifrável, mas já não era tão ameaçador. Reconheceu algumas vielas pelas quais perambulara dois dias antes, perdida. Também passaram diante da taberna de Gália. Adhara teve vontade de entrar e apresentar-se. Olá, sou Adhara. Pois é, acabei me lembrando de tudo. Sou a ordenança de um jovem cavaleiro. Uma agradável mentira que teria gostado muito de contar. Saíram da cidade, mas não pelo caminho que ela percorrera ao chegar. Depois pararam diante de um conjunto de longos galpões de madeira. Amhal entrou com passo decidido e foi falar com um sujeito de aparência horrorosa. Estava coberto de pelos arruivados da cabeça aos pés, com
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O homem de preto acordou numa estup
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O rapaz engoliu em seco, mas devia
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devora? - O rapaz falava com raiva,
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Quando Amhal acordou, sentia-se per
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acreditei, e gostaria de ser a sua
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A luz filtrada pelas janelas e pela
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- É como não existir - repetiu, a
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A DAMA DE COMPANHIA
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Adhara viu-o aparecer ao longe. Amh
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Amhal calou-se, como se tivesse tir
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Adhara acompanhou os demais: estava
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Ficou imóvel por alguns instantes.
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Adhara acordou ao alvorecer. A luz
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isso que reparei logo em você. - L
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- Só está com medo. Medo de enfre
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No fundo do coração, Adhara não
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AMIGAS
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deles fala dos tempos élficos, mas
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Adhara aproximou-se da que parecia
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de um estrangeiro que morreu da doe
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O RETORNO
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alienadora sensação de estar dian
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Ela sorriu com doçura. - Não, nem
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sua solidão. Percebeu, de repente,
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estilhaços de cristal negro naquel
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Learco avançou pelo corredor com o
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- Está na hora de os outros també
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Por um momento tudo foi esquecido,
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- Concordo plenamente. San brindou
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Pouco a pouco, a excitação com o
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- Quem é? - gritou, levantando-se
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Amhal estava desconcertado. As pala
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Dubhe insistiu: - Mesmo que não qu
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A menina baixou a espada. - Não go
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Amina desvencilhou-se. - Quero ver!
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OS VIGIAS
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- Um farfalhar de folhas - disse Ad
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Mira sorriu amargamente. - Muita fi
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- Você nunca irá me machucar. Ten
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se às pedras da calçada. Amhal le
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Deu mais uma virada e aninhou-se na
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O INÍCIO DO FIM
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- E então? - perguntou Amhal, com
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Adhara ficou andando no limite das
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Como cheguei a isto? O que estou fa
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Inúmeros aposentos cheios de lamen
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San aproveitou para recuperar o fô
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Tinham de criá-la. Com a magia, co
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Adhara ficou de pé. - Não se atre
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Imagens fugazes, repentinas. Sons i
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Adhara: uma jovem sem passado, que
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O destino de Adhara [recursos eletr
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