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Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download

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– Encarregarei <strong>do</strong> serviço um homem <strong>de</strong> confiança, alguém com bastante experiência – disse.<br />

– Nada encontramos no seu espião, como já sabe. Nenhum contato suspeito, uma família<br />

imaculada, nenhum ganho repentino que possa levar a pensar numa traição. Parece simplesmente<br />

que o seu homem enlouqueceu <strong>de</strong> repente, <strong>de</strong>cidin<strong>do</strong> atacar Amina ou Mira.<br />

– Aí tem coisa.<br />

– Pois é. Mas está muito bem escondida.<br />

Ficaram por alguns momentos em silêncio.<br />

– De qualquer maneira, por que quer que San seja novamente vigia<strong>do</strong>? – prosseguiu a rainha.<br />

– Há uma semana foi ver meu pai e pediu para ser <strong>de</strong>staca<strong>do</strong> para Damilar. Disse que o seu<br />

aluno, pois Amhal tornou-se agora seu aluno, precisava mudar <strong>de</strong> ares, e que ir trabalhar por<br />

aquelas bandas era uma boa maneira <strong>de</strong> <strong>de</strong>sanuviar a cabeça. Também disse que era a solução<br />

i<strong>de</strong>al porque Amhal, ten<strong>do</strong> sangue <strong>de</strong> ninfa, era imune ao contágio.<br />

Dubhe apoiou os braços na mesa.<br />

– Não chegou a comentar comigo...<br />

Neor <strong>de</strong>u <strong>de</strong> ombros.<br />

– Não havia motivo. Um mero <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> tropas, nada que po<strong>de</strong>ria interessar-lhe.<br />

A rainha pareceu per<strong>de</strong>r-se momentaneamente nos próprios pensamentos.<br />

– Suspeita <strong>de</strong> San?<br />

Neor suspirou.<br />

– Nada tenho em minhas mãos. Mas o fato <strong>de</strong> o seu espião ter acaba<strong>do</strong> daquele jeito <strong>de</strong>ixa-me<br />

<strong>de</strong> alguma forma perplexo. E agora esta <strong>de</strong>cisão repentina, como se San estivesse a fim <strong>de</strong> sair <strong>de</strong><br />

perto... Nem se trata <strong>de</strong> indícios. São apenas... motivos <strong>de</strong> reflexão.<br />

Dubhe sorriu e levantou-se.<br />

– Naquela área tenho um homem no qual confio cegamente. Mandará relatórios diários.<br />

O príncipe anuiu.<br />

– Posso acompanhá-lo? – perguntou a rainha.<br />

Neor aceitou. Sabia que ela gostava: cuidar <strong>de</strong> alguma forma <strong>de</strong>le, acudi-lo como se ainda<br />

fosse uma criança. Era um sentimento que compartilhava: ele mesmo acompanhava com<br />

preocupação o crescimento <strong>do</strong>s filhos, pois sabia que cada dia que se passava afastava-o <strong>de</strong>les.<br />

Muito em breve, já não precisariam <strong>do</strong> pai, e <strong>de</strong> algum mo<strong>do</strong> aquilo o magoava. Porque ele, ao<br />

contrário, ainda precisava daquelas cabecinhas apoiadas no seu peito, daqueles olhares que<br />

pediam proteção, segurança ou um simples carinho.<br />

Percorreram os corre<strong>do</strong>res em silêncio, cada um aproveitan<strong>do</strong> a proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong> outro.<br />

Uma criada veio corren<strong>do</strong> ao encontro <strong>de</strong>les.<br />

– Majesta<strong>de</strong>! Procurei-vos por toda parte!<br />

– Estava ocupada. – A jovem encontrava-se branca e ofegante. – Acalme-se. O que houve?<br />

A criada levantou os olhos cheios <strong>de</strong> terror.<br />

– Majesta<strong>de</strong>, o rei está passan<strong>do</strong> mal!

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