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Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download

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– Quem é? – gritou, levantan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> um pulo.<br />

<strong>Adhara</strong> levou um <strong>de</strong><strong>do</strong> aos lábios.<br />

– Sou eu.<br />

O olhar <strong>de</strong> Amina, antes preocupa<strong>do</strong>, assumiu logo uma expressão hostil.<br />

– O que você quer?<br />

<strong>Adhara</strong> chegou perto e também sentou-se próximo da janela. Só havia a luz da lua filtrada pelo<br />

vidro. O toque <strong>de</strong> recolher, para Amina, começava duas horas <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> pôr <strong>do</strong> sol, e Fea não<br />

tolerava qualquer exceção, nem mesmo para ler alguma coisa. Por isso não acendia velas e, nas<br />

noites <strong>de</strong> luar, ficava len<strong>do</strong> seus livros prediletos perto da janela.<br />

– Por que está <strong>de</strong> mal comigo?<br />

Amina continuou <strong>de</strong> pé.<br />

– Do que está falan<strong>do</strong>? Eu não estou <strong>de</strong> mal com ninguém.<br />

– Essa manhã <strong>de</strong>ixou-me a ver navios, fez uma das suas costumeiras <strong>do</strong>i<strong>de</strong>iras e, à noite, nem<br />

se <strong>de</strong>spediu.<br />

– Não passo to<strong>do</strong> o meu tempo pensan<strong>do</strong> em você, ora essa.<br />

– Mas <strong>de</strong>veria – respon<strong>de</strong>u <strong>Adhara</strong>, seca. – Somos amigas.<br />

Amina bufou:<br />

– Amigas uma ova. Você nunca me conta nada.<br />

– E o que <strong>de</strong>veria contar? Não me lembro <strong>de</strong> coisa alguma, e daquilo que aconteceu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

acor<strong>de</strong>i no grama<strong>do</strong> já lhe falei.<br />

A menina apertou com força a capa <strong>do</strong> livro que estava len<strong>do</strong>, os nós <strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>do</strong>s ficaram<br />

brancos.<br />

– Fique saben<strong>do</strong> que vi tu<strong>do</strong>, ontem à noite.<br />

<strong>Adhara</strong> estremeceu. Ontem à noite. A lembrança <strong>do</strong>s lábios <strong>de</strong> Amhal preencheu a sua mente.<br />

– Como assim?! – exclamou confusa.<br />

– Sumiu a tar<strong>de</strong> inteira. E se encontrou com aquele cara.<br />

<strong>Adhara</strong> ficou vermelha.<br />

– Você tem outros amigos e prefere não me contar – acrescentou Amina, cortante.<br />

<strong>Adhara</strong> começou a gaguejar:<br />

– Não, ele... eu...<br />

Não entendia por que era tão difícil explicar. Era tu<strong>do</strong> tão simples, tão claro.<br />

Será que está apaixonada?<br />

– É a pessoa que me salvou – disse, afinal.<br />

– E corre para ele logo que po<strong>de</strong>. Era por ele que ficava esperan<strong>do</strong> todas as tar<strong>de</strong>s no jardim?<br />

– Mas o que é isso? An<strong>do</strong>u me espionan<strong>do</strong>?<br />

Quem enrubesceu <strong>de</strong>sta vez foi Amina.<br />

– Não saía <strong>de</strong> lá, era difícil não vê-la.

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