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Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download

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Emerso usan<strong>do</strong> os seus po<strong>de</strong>res mágicos e as tropas que conseguira juntar. Os fâmins, como<br />

aquele sujeito que tomou conta <strong>de</strong> Jamila enquanto eu estava em Salazar, são criaturas que ele<br />

mesmo criou com a magia, para serem guerreiros perfeitos e sem alma.<br />

– E eu seria como eles? Como os fâmins?<br />

Amhal sorriu.<br />

– Uma versão muito mais graciosa.<br />

Ela corou.<br />

– De qualquer maneira, eu também fui manipulada com a magia, não é isto?<br />

– É o que o sacer<strong>do</strong>te afirma.<br />

<strong>Adhara</strong> engoliu mais algumas colheradas <strong>de</strong> sopa.<br />

– E o Tirano? Que fim levou?<br />

– Foi <strong>de</strong>rrota<strong>do</strong> por uma gran<strong>de</strong> heroína <strong>do</strong>s nossos tempos, uma guerreira, a única mulher<br />

Cavaleiro <strong>de</strong> Dragão: Nihal.<br />

Foi como uma paulada. O tempo pareceu parar, com a sala que rodava como um turbilhão em<br />

volta <strong>de</strong> <strong>Adhara</strong>. Nihal. A mulher semielfo. A jovem <strong>de</strong> cabelos azuis e olhos violeta, maga e<br />

guerreira, a Consagrada. A história inun<strong>do</strong>u a sua mente como um rio caudaloso, enchen<strong>do</strong>-a <strong>de</strong><br />

imagens, datas, sugestões.<br />

– Aster...<br />

Amhal gelou.<br />

– Sim, claro, Aster, o Tirano.<br />

<strong>Adhara</strong> pareceu sair <strong>de</strong> um sonho.<br />

– Como é? O que foi que disse?<br />

– Você falou Aster, o verda<strong>de</strong>iro nome <strong>do</strong> Tirano.<br />

A colher <strong>de</strong> <strong>Adhara</strong> estava parada no ar, gotejan<strong>do</strong> a sopa leitosa em cima da mesa.<br />

– Eu me lembro... – sussurrou ela com um fio <strong>de</strong> voz. – Lembro-me da história... Nihal nasceu<br />

na Terra <strong>do</strong>s Dias, mas foi criada em Salazar, pelo pai, Livon, que a a<strong>do</strong>tara. Tinha sangue <strong>de</strong><br />

elfo, a estirpe exterminada por Aster, ele mesmo um semielfo... Eu me lembro!<br />

Apertou com força o braço <strong>de</strong> Amhal, e ele fitou-a, sorrin<strong>do</strong>.<br />

– A sua memória está voltan<strong>do</strong>?<br />

Havia uma luz <strong>de</strong> excitação no olhar <strong>de</strong>le. <strong>Adhara</strong> soltou-o.<br />

– Não sei, mas... só sei que <strong>de</strong>sta história eu me lembro. Antes não lembrava, mas agora, sim!<br />

– Que bom, então. Quem sabe uma boa noite <strong>de</strong> sono a aju<strong>de</strong> a juntar as peças que ainda faltam<br />

– disse Amhal, afastan<strong>do</strong> a tigela <strong>de</strong> sopa, a essa altura vazia.<br />

<strong>Adhara</strong> estava eufórica. Finalmente as coisas pareciam seguir pelo caminho certo.<br />

Partiram no dia seguinte, logo após a alvorada. A noite não trouxera novida<strong>de</strong>s, mas <strong>Adhara</strong><br />

estava, mesmo assim, bem-humorada. Depois <strong>de</strong> tantos dias em que não havia consegui<strong>do</strong><br />

reconstruir coisa alguma <strong>de</strong> si, ficava feliz com aqueles indícios, por mais insignificantes que<br />

fossem. Reparou que Amhal, por sua vez, tinha o rosto marca<strong>do</strong> por profundas olheiras. Imaginou<br />

que tivesse mais uma vez exigi<strong>do</strong> <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> si, com seu treinamento, mas nada disse.

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