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Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download

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– No Conselho, ninguém tocou no assunto – replicou Learco. – Nem uma só palavra.<br />

– Na Terra da Água acham que é tu<strong>do</strong> culpa das ninfas, e eles mesmos querem resolver o<br />

problema. Na Terra <strong>do</strong> Vento vão recear uma crise comercial – respon<strong>de</strong>u Neor, com a mente<br />

trabalhan<strong>do</strong> a to<strong>do</strong> vapor. – Precisamos levar o assunto ao conhecimento <strong>do</strong> Conselho. Mandar<br />

mensagens aos cavaleiros. E, enquanto isto, também temos <strong>de</strong> pensar em nós mesmos. Maior<br />

controle nos intercâmbios e nas fronteiras. Sem criar pânico. Avisar a população, por enquanto,<br />

não faz senti<strong>do</strong>, só criaria o caos. – Em seguida olhou para a mãe. – E precisamos <strong>de</strong>scobrir a<br />

origem.<br />

Um olhar foi suficiente para Dubhe enten<strong>de</strong>r.<br />

– É uma viagem e tanto, até as Terras Desconhecidas. Eu fiz e não vi elfo nenhum.<br />

– Terá <strong>de</strong> dar um dragão aos seus homens e a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> encontrá-los custe o que custar.<br />

Precisamos saber se são os culpa<strong>do</strong>s e, no caso <strong>de</strong> a minha intuição estar certa, <strong>de</strong>scobrir o<br />

motivo por trás disso tu<strong>do</strong>.<br />

Dubhe concor<strong>do</strong>u:<br />

– Enviarei alguém.<br />

– E peça aos seus para ficarem <strong>de</strong> olho nos estrangeiros. Se houver mais elfos disfarça<strong>do</strong>s,<br />

quero que os peguem. Vivos.<br />

Foi como se um vento gela<strong>do</strong> tivesse corri<strong>do</strong> pela assembleia. Neor era assim mesmo: frio e<br />

impie<strong>do</strong>so quan<strong>do</strong> elaborava seus planos. Dubhe limitou-se a anuir.<br />

– Se não houver mais nada, acho que po<strong>de</strong>mos marcar um novo encontro para daqui a uma<br />

semana. Ou antes, no caso <strong>de</strong> surgir alguma novida<strong>de</strong>.<br />

Um <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> outro, to<strong>do</strong>s se levantaram. Lá fora o sol brilhava sobre os magníficos jardins <strong>do</strong><br />

palácio. Mas ainda assim alguma coisa se mexia sob a frágil casca daqueles cinquenta anos <strong>de</strong><br />

paz. Neor aguçou os olhos. Divisou, no parque, a figura da filha. Estava cavalgan<strong>do</strong>, junto com o<br />

instrutor e <strong>Adhara</strong>. De repente sentiu um <strong>do</strong>loroso aperto no coração. Estava chegan<strong>do</strong> a hora <strong>de</strong><br />

ele tomar <strong>de</strong>cisões terríveis, a hora em que tu<strong>do</strong> aquilo que ele tinha ajuda<strong>do</strong> a construir teria <strong>de</strong><br />

enfrentar uma dura prova.<br />

Lembrou-se das últimas palavras escritas por Senar no seu livro, antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o Mun<strong>do</strong><br />

Emerso.<br />

Chegará o tempo da paz e da esperança, e então, novamente, a escuridão e o <strong>de</strong>sespero.<br />

Durante cinquenta anos haviam vivi<strong>do</strong> na <strong>do</strong>ce ilusão <strong>de</strong> ter quebra<strong>do</strong> aquele círculo que<br />

periodicamente levava o Mun<strong>do</strong> Emerso à beira da catástrofe. Durante cinquenta anos tinham<br />

esqueci<strong>do</strong> o que era uma guerra. Mas talvez a fera, agora, estivesse novamente faminta <strong>de</strong> sangue.<br />

O que está acontecen<strong>do</strong> lá fora?<br />

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