Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download
Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download
Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
sangue <strong>de</strong> ninfa. As ninfas estão ajudan<strong>do</strong> muito. Afinal, estão fugin<strong>do</strong> em massa da Terra da<br />
Água. Por lá, é guerra <strong>de</strong>clarada. Mas até mesmo aqui são perseguidas e mortas.<br />
– Eu sei, recebi relatórios a respeito.<br />
– Estou in<strong>do</strong> para lá – acrescentou Theana. – Tenciono trabalhar la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com elas. Creio<br />
que as ninfas sejam a pista mais promissora.<br />
Neor ficou um bom tempo olhan<strong>do</strong> para ela.<br />
– É um lugar perigoso.<br />
– Há muitos Cavaleiros <strong>de</strong> Dragão por lá – replicou a sacer<strong>do</strong>tisa, aguentan<strong>do</strong> aquele olhar. –<br />
E <strong>de</strong> qualquer maneira ainda falta muito. Po<strong>de</strong>mos aliviar a febre, amenizar os sintomas e adiar<br />
por algum tempo a morte, mas ainda não somos capazes <strong>de</strong> curar ninguém. Os que sobrevivem o<br />
fazem por motivos que não enten<strong>de</strong>mos. E são poucos, muito poucos.<br />
– E os que não a<strong>do</strong>ecem?<br />
– Não é fácil estudá-los. Mantêm-se afasta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> e <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s. Mas também estamos<br />
tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong> assunto.<br />
Neor suspirou.<br />
– Nenhuma notícia boa para mim, então?<br />
Theana ficou ainda mais séria.<br />
O príncipe compreen<strong>de</strong>u que ela ainda não tinha acaba<strong>do</strong>. Havia mais alguma coisa que queria<br />
contar-lhe.<br />
– O que mais?<br />
– Depois <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> aquilo que aconteceu, tinha <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> <strong>de</strong> la<strong>do</strong> as investigações sobre a morte<br />
<strong>de</strong> Mira. Já não me parecia uma coisa tão importante.<br />
Neor havia esqueci<strong>do</strong> completamente o assunto. E mesmo assim fora o começo <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>. Depois<br />
<strong>do</strong> <strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> Mira, a situação só piorara: a <strong>do</strong>ença, a partida <strong>de</strong> San, o exílio.<br />
– Descobriram alguma coisa nova?<br />
– Depois <strong>do</strong> atenta<strong>do</strong>, man<strong>de</strong>i o meu pessoal analisar o corpo <strong>do</strong> assassino. A pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua<br />
mãe. Ela nunca acreditou em traição e, francamente, a explicação da loucura repentina não me<br />
parecia lá muito plausível.<br />
– E aí?<br />
– A irmã encarregada da investigação <strong>de</strong>scobriu alguma coisa estranha, algo que não conseguia<br />
enten<strong>de</strong>r. Pensei então em convocar alguém mais esperto que ela, um irmão que partilhou comigo<br />
muitas aventuras, um mago muito po<strong>de</strong>roso. Alguns dias atrás, remexen<strong>do</strong> nos meus papéis,<br />
encontrei as suas anotações.<br />
Calou-se, e Neor compreen<strong>de</strong>u que não iria gostar <strong>do</strong> que ela estava a ponto <strong>de</strong> contar.<br />
– Fale logo.<br />
– Existe uma Magia Proibida, inventada por Aster, que permite controlar os atos e a vonta<strong>de</strong><br />
das pessoas. Algo pareci<strong>do</strong> com os selos impostos aos fâmins. Já leu alguma coisa a respeito?<br />
– Claro. Cada fâmin tinha um nome, e quan<strong>do</strong> era chama<strong>do</strong> por aquele nome não podia<br />
<strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cer às or<strong>de</strong>ns. É uma mágica famosa.