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Lendas do mundo emerso - O destino de Adhara - Multi Download

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– Mate-a – disse. – Ela é sua inimiga, sempre foi. Se não fizer isto agora, terá <strong>de</strong> fazer no<br />

futuro.<br />

<strong>Adhara</strong> cravou os olhos nos <strong>de</strong> Amhal. Tentou transmitir com eles uma silenciosa súplica,<br />

procurou fazer-lhe enten<strong>de</strong>r que ainda havia esperança. Mas o olhar <strong>de</strong>le continuou vazio, <strong>de</strong> uma<br />

ver<strong>de</strong> frieza. E aquela luz, que amiú<strong>de</strong> vislumbrara, e pela qual lutara <strong>de</strong>sesperadamente, parecia<br />

ter <strong>de</strong>sapareci<strong>do</strong>.<br />

– Saia daqui – disse ele.<br />

San virou-se na mesma hora.<br />

– Precisa matá-la. Confie em mim, <strong>de</strong>pois explicarei tu<strong>do</strong>, mas precisa matá-la, já!<br />

– Você está feri<strong>do</strong>, precisamos ir embora. Parar aqui foi um erro.<br />

San rangeu os <strong>de</strong>ntes, mas sua testa estava coberta por um fino véu <strong>de</strong> suor, e o ferimento<br />

sangrava.<br />

– Amhal, eu suplico...<br />

– Saia daqui – repetiu ele, seco. Deu uns <strong>do</strong>is passos, guar<strong>do</strong>u a espada, segurou o braço <strong>de</strong><br />

San e <strong>de</strong>sapareceu na escuridão.<br />

– Amhal! – gritou <strong>Adhara</strong>, corren<strong>do</strong> para ele.<br />

O homem a <strong>de</strong>teve.<br />

– Deixe-o ir. É a nossa única salvação!<br />

– Não, você não enten<strong>de</strong>, eu... – Tentou <strong>de</strong>svencilhar-se, mas estava esgotada, e não só<br />

fisicamente. Suas pernas ce<strong>de</strong>ram, acabou no chão, sacudida por soluços incontroláveis. Chorava<br />

sem qualquer controle, cobrin<strong>do</strong> os olhos com as mãos. Percebeu que o <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong> se<br />

aproximava e colocava a mão no seu ombro.<br />

– Acabou – disse, baixinho. – Acabou.<br />

E <strong>Adhara</strong> achou que era a terrível verda<strong>de</strong>.<br />

– Quem é você? – murmurou <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se acalmar.<br />

Ele levantou o rosto.<br />

– O meu nome é Adrass.<br />

Não se lembrava daquele nome.<br />

– Procurei tanto por você, e com tanta aflição...<br />

– Por quê?<br />

O homem suspirou.<br />

Contou <strong>do</strong>s Vigias. Santos, mártires, <strong>de</strong>fensores da verda<strong>de</strong>ira fé, que haviam tenta<strong>do</strong> <strong>de</strong> todas<br />

as formas convencer os Irmãos <strong>do</strong> Raio da valida<strong>de</strong> das suas razões, mas em vão. Quan<strong>do</strong><br />

Theana fechou todas as portas e até man<strong>do</strong>u persegui-los, tinham escolhi<strong>do</strong> sumir na<br />

clan<strong>de</strong>stinida<strong>de</strong>, para <strong>de</strong>sta forma continuar o seu trabalho. Porque, <strong>de</strong>pois das inúteis tentativas<br />

<strong>de</strong> matar Marvash antes que acordasse, <strong>de</strong>cidiram sair em busca <strong>de</strong> Sheireen. Haviam procura<strong>do</strong><br />

por to<strong>do</strong> o Mun<strong>do</strong> Emerso. E logo perceberam que era preciso adiantar-se ao inimigo. Não<br />

podiam esperar que Marvash aparecesse, tinham <strong>de</strong> ter Sheireen sempre disponível, precisavam<br />

<strong>de</strong>sta vantagem sobre ele. Mas e se Sheireen não fosse a primeira a chegar?

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