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o seu tempo - DSpace CEU

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<strong>seu</strong> respeito, e porque o nao frequento tanto como da outra vez; assim<br />

m'o disse o Lima, ao que respondi que o nao procurara porque o via<br />

todas as manhás rodeado de canalha, que em outro <strong>tempo</strong> o retalhava,<br />

mas que agora tinha a sua amisade por serení apresentados por Luiz<br />

de Vasconcellos, que era jidalgo: gente que tem sempre no Marquez<br />

grande e exclusiva influencia; mas que elle estava engañado se pen-<br />

sava que eu e outros estavamos dispostos a sujeitar-nos á supremacía<br />

aristocrática; que era necessario commigo jogar franco, porque no jogo<br />

coberto ninguem me ganhava. Lima deu-me razáo, e pediu-me que lhe<br />

fallasse eu; ao que respondi que já o tinha feito de palavra e escripto,<br />

e que agora o nao faria mais. Sei que o Marquez está receiosissimo<br />

e eu vou-lhe fazer sentir, de urna vez, a necessidade que elle tem de<br />

mudar de systema. E necessario energía com esta gente e ao mesmo<br />

<strong>tempo</strong> certa delicadeza.<br />

A respeito de despezas para quem ha de embarcar, é claro que<br />

isso deve saír das 25:000 libras que se pozeram á disposicáo do Lima,<br />

e que elle devia poupar para o que fosse mais necessario no momento<br />

actual, mas que tiveram applicacáo para pagamentos de lettras, e parte<br />

dos bonds que podiam esperar mais alguns mezes. Repartiu-se pelo<br />

corpo diplomático 1:400 libras! Tanto quanto se deu aos emigrados<br />

todos! Para que recebe José Balbino G0 libras por mez, quando os da<br />

regencia recebem muito menos? Tambem agora havia de chuchar os<br />

dois mezes? Para que é a diplomacia na Dinamarca? Ou porque se<br />

lhe ha de pagar, como se estivesse em actual serviço ? Eis aqui porque<br />

nada chega e porque se falla. = José da Silva Carvalho.<br />

DOC. LXXXV<br />

Carla de José da Silva Carvalho a A. 1<br />

Critica urna soluçao diplomática da questao portugueza<br />

em que julga empenhados o marquez de Palmella,<br />

Abreu e Lima, D. Thomás Mascarenhas e o conde do Funchal<br />

Londres, 15 de novembro de 1831.<br />

(Reservada.)—O nosso amigo te pora ao facto do que por cá vae.<br />

Eu nao duvido nada do que me dizes, porque tambem tenho os meus<br />

dados; tenho frequentado pouco o marquez; elle reserva-se, e eu creio<br />

i Deve ser Agostinho José Freiré.

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