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o seu tempo - DSpace CEU

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desfazer a suspeita de que elle tinha saído d'aqui descontente com<br />

elles. Um amigo meu ponderou-lhe que as despezas grandes que o<br />

Duque seria obrigado a fazer nessa occasiáo com carruagens e crea­<br />

dos talvez fossem superiores ao que elle por agora podia. Voltou o<br />

Coronel com urna carta de lord Palmerston dizendo que, quando se<br />

soubesse que o Duque chegava a Calais, lá teria um barco ás suas<br />

ordens, para o trazer, e que tudo se providenciaría para sua susten-<br />

tacáo, carruagens, etc., logo que chegasse a Londres. Assim se escre-<br />

veu ao Imperador.<br />

30 de agosto. — No Morning Post de 25 de agosto appareceu urna<br />

carta de Lisboa, datada de 23 de julho, que dizia, entre outras cou­<br />

sas, que eu tinha mandado dizer para Portugal a Roque Ribeiro, que<br />

sabia, de um dos ministros inglezes, que a Rainha de Portugal ía ser<br />

reconhecida. Desmenti esta noticia no dia 29, por urna carta que fiz<br />

inserir no mesmo jornal e no Courier.<br />

5 de setembro. — Soube com certeza que o Imperador D. Pedro<br />

nao vinha á coroacáo, depois de ter dito que sim, e já o ministerio<br />

ter d'isso ideas. Tinha-se tratado de lhe dar a Jarreteira, se elle<br />

viesse !<br />

Copia de urna curiosa carta que José Fernandes Thomás escreveu ao<br />

Imperador do Brazil, no dia 2 í de julho de 1831. — Senhor. — A beni-<br />

gnidade com que Vossa Magestade me ouviu no dia 14 do corrente,<br />

e o que entao a Vossa Magestade prometti, sao o motivo do presente<br />

escripto. Nelle vou resumir os pontos em que a Vossa Magestade<br />

fallei, e o que possa de novo occorrer-me, sem cansar a Vossa Mages­<br />

tade na demonstraçao de principios obvios, que a experiencia e escla­<br />

recida razáo de Vossa Magestade tem de devidamente avahar, con­<br />

centrados nos seguintes pontos:<br />

1.° Os emigrados, victimas da sua fidelidade, nada recebem ha<br />

cinco mezes! E de esperar que o primeiro passo a dar seja o salval-os-<br />

da miseria e da morte.<br />

2.° Tanto mais depressa se entregar o throno á sua legitima<br />

Senhora, tanto mais depressa cessarao os sacrificios de toda a casta.<br />

E logo este o grande objecto a alcançar. Vejamos os meios.<br />

3.° Temos obra de cinco mil baionetas na Terceira, além de muita<br />

gente na Franca, na Bélgica e em Plymouth, que em urna expediçao<br />

qual a presente, em que tem de bater-se mais a força moral do que<br />

a material, formam corpo de um exercito formidavel. Trata-se de<br />

fazer desafogar a opiniáo suífocada, nao se trata de urna conquista.<br />

Os calabouços, as aguas-furtadas, os subterráneos, estáo entulhados<br />

de auxiliares nossos. D'aqui vem o nao necessitarmos tropas ou recru-<br />

tamento estrangeiro, em que tenho ouvido fallar.

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