o seu tempo - DSpace CEU

cial a mr. de Córdova, pedindo-lhe que tomasse medidas para evitar
que os hespanhoes em Portugal se unissem ás fileiras do Senhor
D. Miguel, porque, de outra maneira, nao poderia exigir de D. Pedro
que elles se nao juntassem á bandeira de D. Maria. Esta carta offi-
cial foi feita a rogos de mr. de Córdova, na intelligencia de que lhe
dirigiría outra em que lhe certificarse o facto de que estes refugiados
se tinham unido ás fileiras do Senhor D. Miguel.
paiz.
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Mr. de Zea entrou em muitos detalhes e deu-vos muitas razoes
para mostrar que nao podia fazer saír estes refugiados, e que, se tivesse
poder para isso, nao era esta a occasiáo de fazer uso d'elle.
Em primeiro logar, mr. de Zea nunca foi instado para tomar conhe-
cimento d'estes refugiados, senao no caso em que elles tomassem
parte na contenda. Em segundo logar, o coronel Badcock nao tem
direito algum politico para exigir de D. Pedro que faca saír os hes­
panhoes do Porto, porém isto era urna convencáo temporaria auxi­
liada pelo governo inglez como um acto de segurança para o governo
de Hespanha, o qual, porém, parece agora que mr. de Zea quer por
de parte.
Mr. de Zea mandou aqui um ministro proclamar altamente que
por influencia de El-Rei de Hespanha se ía fazer urna completa mu­
danza de systema em Portugal; e agora s. ex. a
diz-vos que nao tem
sufficiente influencia para evitar que os subditos hespanhoes tomem
parte nesta contenda. Rogo-vos que assegureis a s. ex. a
que se elle
tem pouca influencia aqui, eu ainda a tenho menor no Porto, e que,
se um só hespanhol se reunir ás fileiras do Senhor D. Miguel, eu nao
evitarei que elles se unam ás de D. Pedro; e é bem sabido que o
general Mina e muitos outros appareceriam immediatamente no Porto.
Nao temos tido noticias do sul em que nos fiemos, depois que
vos dirigí a minha ultima. Algumas tropas téem saído d'aqui para
reforçar o visconde de Molellos no Algarve, as quaes, reunidas, subi-
rSo a seis mil homens.
A impaciencia das villas e cidades do Algarve em reconhecer
D. Maria é a maior prova possivel de que todos os proprietarios
e classes industriosas sao a seu favor, e que ó só a força que as
contóm.
Os lavradores das margens do Tejo téem tomado as armas em
favor da Rainha e formado corpos de guerrilhas, e diz-se que Portale-
gre se declarou a seu favor 1
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