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o seu tempo - DSpace CEU

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O balance- que passa ao mez seguinte é talvez o maior desde que<br />

S. M. I. poz pé na sua amada Patria. As despezas sao mui grandes,<br />

é verdade, e cada dia crescem; porém as fontes d'onde caem os<br />

recursos na Caixa do Thesouro nao estáo esgotadas.<br />

O Ministro das Justiças é incessante em multiplicar os meios da<br />

receita, e os outros Ministros sao nao menos constantes em combinar<br />

as suas requisicoes com as forças do Cofre. As Repartiçoes subalternas<br />

da Fazenda, administradas por empregados zelosos, merecem os lou-<br />

vores da Commissao, e em urna palavra, Senhor, os phenomenos vao-se<br />

succedendo uns aos outros.<br />

Quem acreditará, no estrangeiro, que, no estado peculiar d'esta<br />

cidade, rendeu tanto a Alfandega, no presente mez, como em mezes do<br />

<strong>tempo</strong> regular e pacifico do reinado do Augusto Pae de V. M. I. de<br />

gloriosa memoria!<br />

Tudo, pois, nos leva a acreditar que nao nos sendo os elementos<br />

totalmente contrarios, ou o assedio demasiadamente prolongado, o<br />

Exercito ha de ser sustentado e pago, até que as bayonetas arem<br />

no vos campos que fertilisem o Thesouro.<br />

Deus guarde a preciosa vida de V. M. I., como todos os portu­<br />

guezes havemos mister.<br />

Porto e Casa da Commissao do Tribunal do Thesouro Publico, 31<br />

de Janeiro de 1833.<br />

DOC. CCXXXII<br />

Copia do terceiro relatorio da commissao do tribunal do thesouro<br />

Porto, 28 de fevereiro de 1833.<br />

SENHOR:<br />

A Commissao do Tribunal do Thesouro Publico vem por na Augusta<br />

Presença de V. M. I. o resultado dos <strong>seu</strong>s trabalhos no mez que acaba<br />

de decorrer, vem cumprir um dever táo sagrado quanto agradavel e<br />

lisonjeiro e que só de per si ó o mais importante galardáo das fadigas<br />

inseparaveis do <strong>seu</strong> ministerio. A Commissao do Tribunal do Thesouro<br />

avahando, como deve, a honra de apresentar suas contas ao Magná­<br />

nimo Auctor das liberdades patrias, ao Denodado Chefe da Restaura-<br />

cao Portugueza, nao pode ser indifferente ao prazer que lhe cabe de<br />

contribuir para urna singularidade mais, na Regencia de S. M. I., qual<br />

a de receber mensalmente o estado do Thesouro Publico.<br />

A Commissao estima em tanto esta saudavel pratica para o bem do<br />

serviço, que fez todos os esforços para nao alteral-a, nao obstante as

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