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o seu tempo - DSpace CEU

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Ill. m0<br />

Officio n.° 6 dos plenipotenciarios a Agostinho José Freiré<br />

Londres, 12 de dezembro de 1832.<br />

e ex. m0<br />

sr. — Temos a honra de levar, por via de v. ex. a<br />

, ao<br />

conhecimento de S. M. I. o Duque de Bragança, o officio que o Mar­<br />

quez de Palmella, de accórdo com o Conde do Funchal e com Luiz da<br />

Silva Mousinho de Albuquerque, dirigiu a lord Palmerston para fazer<br />

formalmente as reclamaçoes e propostas de que fomos incumbidos junto<br />

ao Governo Britannico. Este officio ainda nao foi respondido por escri-<br />

pto, mas a substancia d'elle tem sido continuadamente debatida desde<br />

a nossa chegada a Londres, e tem sido o objecto de nossas incessan-<br />

tes sollicitaçoes.<br />

A intervençao da Inglaterra e da Franca para por termo á guerra<br />

civil que assola Portugal, por meio de urna negociacáo, já se acha<br />

concedida, e, hoje mesmo ou ámanhá o mais tardar, deve partir para<br />

Madrid, por via de París, sir Stratford Canning, incumbido da mis-<br />

sáo especial de se entender, a respeito dos negocios portuguezes, com<br />

o Governo de Hespanha. Já se acha, portanto, dado um primeiro e<br />

importantissimo passo para urna conclusáo propicia e pacifica da nossa<br />

contenda, e temos toda a razáo de acreditar que, no caso de que o<br />

Governo Hespanhol nao annuisse ás propostas da Inglaterra e da Fran­<br />

ca,— que teem por objecto: 1.°, um immediato armisticio; 2.°, o reco­<br />

nhecimento e restauraeáo da Rainha,— o Embaixador Britannico levará<br />

instrucçoes bastante enérgicas paraobrigar o Gabinete de Madrid a ceder.<br />

Bem quizeramos poder dar urna conta igualmente favoravel do<br />

principal objecto da nossa missáo, ou pelo menos do mais urgente;<br />

concebemos, á nossa chegada aqui, a esperança de que este ministerio<br />

reconheceria a necessidade de exigir, ou pedir ao menos com instan­<br />

cia, a immediata cessacáo de hostilidades em Portugal, independente-<br />

mente da negociacáo que vae abrir-se com a Hespanha; até agora, porém,<br />

nao tem sido possivel resolver lord Grey a concordar sobre este ponto<br />

com a maioria dos <strong>seu</strong>s collegas. Por urna parte julga-se obrigado a<br />

nao obrar separadamente de Hespanha; por outra parte, escrupulisa<br />

de propór ao Senhor Infante D. Miguel urna suspensáo de armas para<br />

dar <strong>tempo</strong> a urna negociacáo que a Liglaterra emprehende com a<br />

decidida intencáo de o remover do throno; finalmente, diz que nao<br />

pode exigir o armisticio, porque seria tomar abertamente o partido da<br />

Rainha, e que o insulto últimamente feito á bandeira britannica nao<br />

auctorisa este governo a urna declaracáo de guerra, depois das expli-<br />

caçoes e satisfaçoes de toda a especie, que já de Lisboa lhe teem sido

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