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o seu tempo - DSpace CEU

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presumo, fazendo-se com que os contratadores entreguem a primeira mezada,<br />

sem demora, etc.<br />

Como eu tinha escripto ao meu collega a carta de que pelo ultimo correio<br />

mandei copia a v. ex.*, fiquei esperando a resposta a ella, a qual nao podia tardar,<br />

para assim obrar, de accordo com o dito meu collega, o que fosse conveniente.<br />

Ante-hontem, 24, veiu a minha casa mr. Haber, dizendo que havia recebido<br />

urna carta de mr. Jauge, de París, em que lhe dizia que tinha prompto o dinheiro<br />

para começar o pagamento e que só esperava que estivessem promptos os titulos<br />

ou apolices para entregar o mesmo dinheiro.<br />

Posto que eu nao li a dita carta, nem conheço ainda a assignatura de mr. Jauge,<br />

entretanto nao tive duvida de lhe responder: Que as apolices nao se podiam fazer<br />

de repente, primeiramente por levar <strong>tempo</strong> a fabrical-as, e, em segundo logar,<br />

porque era preciso saber ao certo quando se dava o dinheiro, para se declarar na<br />

apolice desde quando vencía o juro. Que, entretanto, isso se remediava dando-se<br />

um Scrip, ou apolice provisoria, pelo banqueiro, que suppriria a apolice formal,<br />

emquanto se nao dava.<br />

A isto respondeu-me que estava de accordo, e que, visto isso, auctorisasse eu<br />

o banqueiro aqui, mr. Gower, a mandar logo imprimir o Scrip. Eu lhe disse que<br />

da minha parte isso faria c que já dava essa auctorisaçao para a cousa se fazer<br />

logo que o meu collega desse a sua.<br />

Entáo me pediu mr. Haber que escrevesse nessa conformidade a mr. Gower,<br />

o que logo fiz ; mas, quando acabava de escrever a dita carta e a ia mandar a<br />

mr. Gower, recebi a resposta do meu collega á minha de 20, e da qual resposta<br />

envió a v. ex.* copia n.° 1; á vista d'esta resposta, julguei dever suspender de<br />

mandar a carta que tinha feito, a mr. Gower, e assim escrevi logo a mr. Haber,<br />

respondendo hontem ao meu collega, com a outra minha carta, copia n.° 2<br />

A vista d'isto que se tem passado, espero que v. ex.* veja que nao deixei de<br />

fazer da minha parte quanto em mim estava para cumprir as ordens recebidas;<br />

mas, como nada mais posso fazer sem que o meu collega concorde, sou obrigado<br />

a esperar que elle volte quando diz, para ver o que assenta facámos.<br />

Deus guarde a v. ex.* — Ul. m0<br />

e ex. mo<br />

sr. conde da Louzá, D. Diogo, etc. =<br />

(Assignado) Joaquim Leocadio da Costa.<br />

Carta de II. J. de Araujo Carneiro a J. L. da Costa<br />

St. Leonard's near Hastings, 2:5 de dezembro de 1832.<br />

Copia n.° 1. — Ill. mo<br />

sr. — Recebi hontem a sua carta de 20, á qual nao respondi<br />

immediatamente por nao ser dia de correio, isto é, sabbado; o que agora<br />

faço dizendo a v. s.* que a ter recebido o sr. conde da Louzá os meus officios de<br />

14 a 31 do mez passado, me nao teria escripto o do 1.° do presente mez; porquanto,<br />

nos ditos officios dava parte a s. ex.* dos passos que eu tinha tomado e ía fazer<br />

tomar aos contratadores do emprestimo. Acrescentarei a v. s." que tendo tomado<br />

sobre mim o negociar o emprestimo, apesar das contrariedades e delongas que<br />

me oppozeram a isto, por me persuadir do estado critico de Portugal e da necessidade<br />

de fazer apromptar recursos, como seria possivel que eu agora precisasse<br />

ser aguilhoado para fazer aquillo em que tanto insisti e a que pouco valor via

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