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o seu tempo - DSpace CEU

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DOC. CLXXII .<br />

Carla de Ileliodoro Carneiro ao visconde de Sanlarem<br />

Sempre o mesmo assumpto e quasi pelas mesmas palavras: o negocio<br />

dos barcos de vapor, as peias com que o ministro da fazenda estorva<br />

a sua acçao como agente.<br />

111. m0<br />

Paris, 9 de junho de 1833.<br />

e ex. m0<br />

sr.—Tive a honra de escrever a v. ex. a<br />

em data de<br />

2 de junho dando-lhe parte que, vendo a situacáo de Portugal, a ne-<br />

cessidade de ter um barco de vapor, ou dois, os grandes preparativos<br />

e armamentos que se téem feito e fazem em Inglaterra contra Por­<br />

tugal, e finalmente o estar de accordo o governo de El-Rei N. S.<br />

commigo na necessidade de se comprar um bom barco de vapor, a ponto<br />

de se terem mandado pessoas a Londres para este fim, ainda que sem<br />

poderes em regra e sem meios, — tomara sobre mim o laucar máo<br />

do único recurso que me téem deixado, isto é: remetter a mrs. Gower<br />

& C. a<br />

, a Londres, a parte dos pagamentos que recebo em lettras<br />

de cambio, a fim de se comprar um bom barco de vapor e fretar<br />

outro, e nelles mandar duzentos ou duzentos e cincoenta bons marinhei­<br />

ros inglezes, etc., tendo já remettido até á somma de 16:430 libras; no<br />

emtanto, recebi a carta cujo extracto remetto a v. ex. a<br />

, e por ella verá<br />

a situacáo em que puzeram S. M. El-Rei N. S. e o <strong>seu</strong> Real Serviço,<br />

tendo-me atado as máos e bracos para nao poder obrar; e, havendo<br />

dinheiro e fundos aqui, nao se poderem tocar nem fazer applicacáo d'elles,<br />

na situacáo a mais critica da Monarchia! Verá v. ex. a<br />

que os vende­<br />

dores exigem, pelo risco de serem ou nao endossadas as lettras em<br />

Lisboa á ordem dos que as apresentem ou façam apresentar, a grande<br />

somma de 4:000 libras; o que me nao atrevo a sanecionar, deixando<br />

a responsabilidade a quem ella compete.<br />

A razao de pedirem isto é clara, visto nao terem as lettras de<br />

cambio em regra e nao puderem negocial-as. Tendo eu negociado o<br />

emprestimo, e só eu, apesar das opposiçoes da creatura do sr. conde<br />

da Louzá, tendo S. M. dignado-se approvar tudo, tendo eu, a rogos<br />

dos contratadores e para facilitar a emissáo do emprestimo, modifi­<br />

cado alguns artigos do contrato, apesar da chicana do meu adjunto,<br />

e S. M. approvado- isto, e quem fez o mais deveria fazer o menos,<br />

— tenho-me adiado com as máos ligadas e por isso o serviço de S. M.<br />

corre como se vé agora! Se isto nao é de proposito, parece! Porque<br />

nao devia eu ter o direito e poder de mandar o dinheiro, do modo<br />

como eu quizesse e achasse mais interessante? Porém a culpa foi

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