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o seu tempo - DSpace CEU

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Extracto da carta dirigida por J. L. da Costa, de Londres, em 26 de setembro de 1832,<br />

a Antonio Mazziotti, em Lisboa<br />

O silencio em que v. s. a<br />

estava para commigo acerca dos trabalhos que tenho<br />

tido na commissao, cujos tenho offi ciado a s. ex.*, como v. 8. a<br />

me diz ter visto, me<br />

fazia estar algum tanto cuidadoso, ignorando a confiança em que eram tidos por<br />

s. ex.*, ainda que meu mano Antonio Izidro me avisou, para minha tranquillidade,<br />

que s. ex." se achava muito satisfeito com elles; desejava, porém, que v. s. a<br />

, pela<br />

amisade que ha entre nos, m'o communicasse directamente, ou mais algum particular<br />

d'aquillo que meu mano me diz; pois pode estar certo que o segredo em<br />

mim é inviolavel. V. s. a<br />

desculpará este desejo ; porém, quem está longe receia de<br />

tudo, e muito principalmente em commissoes taes.<br />

Tenho recebido os officios de s. ex. a<br />

com datas de 3 e 4, aos quaes respondí<br />

immedíatamente; por consequencia, acho desnecessario repetir a v. s. a<br />

o mesmo,<br />

pelo motivo provavel de passar á sua máo a minha resposta. Nao posso dizer<br />

a v. 8. a<br />

mais particular algum, d'aquelles que tenho communicado a s. ex. a<br />

, desde<br />

o principio até hoje, que em resultado vem a ser: — com taes contratadores, e<br />

mesmo com o sr. Carneiro, banqueiro algum de torca quer ter negocio ou ainda<br />

fallar-lhes.<br />

Eu tenho escripto a meu mano Antonio Izidro, acerca d'este negocio, e a<br />

maneira por que julgo se deve fazer um emprestimo; nao sei o que elle tem feito;<br />

se v. s. a<br />

nao está ao facto, e quizer saber, pode ter a bondade de indagar d'elle<br />

o que lhe tenho mandado dizer a este respeito. V. s. a<br />

me poderá argüir de nao lhe<br />

dizer os meus sentimentos, ou mesmo communical-os a s. ex. a<br />

; é verdade isso;<br />

porém, poderia alguem dizer: 1.°, que nao me pedem conselhos, e saío fóra das<br />

minhas attribuiçoes; 2.°, nao pensarem queria ser só, ou ambicioso, ou querer deitar<br />

fóra o meu collega, ainda que é elle que o quer fazer pelas suas intrigas mal<br />

pensadas. Direi agora fielmente a v. s. a<br />

que eu tenho tratado o meu collega até<br />

13 de julho (porque depois, até hoje, nunca mais nos avistamos), com a maior civilidade<br />

possivel, nao me dando por adiado da intriga que tem feito, nem do conluio<br />

que faz com os chamados banqueiros Jouffroy & C."<br />

Londres, 26 de setembro de 1832.<br />

Olíicio de J. L. da Costa ao conde da Louzá<br />

N.° 12. — Ill. mo<br />

e ex. m0<br />

sr. — Faço estas linhas únicamente para dizer a v. ex.*<br />

que desde o ultimo officio nada tem occorrido de novo relativo ao negocio de que<br />

• v. ex." me fez incumbir, e de que hoje possa dar conta.<br />

O meu collega tem estado fóra de Londres e nada d'elle tenho sabido ha<br />

muito, nem de mrs. Jouffroy e Haber; agora, constando-me que tinha voltado a<br />

a esta cidade o dito meu collega, fui no dia 23 procural-o, únicamente para saber<br />

se havia alguma cousa que trabalhar com elle; porém, nao o adiando, deixei bilhete;<br />

por isso, ainda o nao vi. Se elle tiver adiantado alguma cousa, ou se houver<br />

alguma proposta, que façam e combinem, nao deixará de me procurar ou advertir-me<br />

e eu estarei sempre prompto a obrar segundo as instrucçoes de v. ex. a<br />

e<br />

Reaes Ordens de S. M., como fiel vassallo que sou.<br />

Deus guarde a v. ex. a<br />

— Ill. m0<br />

e ex. mo<br />

sr. conde da Louzá, D. Diogo, etc.=<br />

(Assignado) J. L. da Costa.

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