o seu tempo - DSpace CEU

5.° Que se municiem e forneçam á custa dos povos, começando
pelos cofres públicos, e que se armem com as armas que puderem
haver, principalmente das milicias e dos depósitos públicos;
6.° Que acclamem, em toda a parte, a Rainha e a Carta, dando
todas as providencias que as circumstancias exigirem para nos resga-
tarmos do jugo que nos opprime;
7.° Que obrem com força, vigor e promptidao em exterminar logo
qualquer que ainda pretenda sustentar o usurpador;
8.° Que tendo noticia exacta do desembarque vao logo destacando
a força de que puderem dispor, ou para cortar o passo ao usurpador,
ou para apoiar qualquer outra força que por si só n&o fór capaz de se
desenvolver, ou para distraír a sua attençao e o incommodar, quanto
fór possivel; e, se elle porventura lhes caír ñas maos, o matem logo,
em qualquer primeiro encontró.
(
de 1832.)
1
da Bandeira avisei para Rocha Pinto em 10 de Janeiro
DOC. XCIII
Carla do conde de Villa Flor a José da Silva Carvalho
O conde de Villa Flor e a guarniçao dos Acores estao impacientes
por desembarcar em Portugal
Angra, 13 de Janeiro de 1832.
Meu querido amigo e sr.— Com a chegada do capitao Thornton,
e por mao de seu recommendado, tive o gosto de receber a carta de
v. s. a
que muito estimei. O dito seu recommendado foi logo empre-
gado, e creio que ficou satisfeito; para tudo que fór servir e obsequiar
a v. s. a
estou sempre muito prompto.
Aqui nada ha digno de mencionar-se; entretanto as noticias d'esta
ilha v. s. a
as saberá pelas Chronicas. Tomara já saír d'esta molleza
em que estamos, por falta de meios.
Esta guarniçao cada vez deseja mais ser empregada activamente;
e muito útil seria desembarcar com ella em algum ponto da costa de
Portugal. Eu ainda espero que isso aconteça, e contó ser dos primei-
ros a desembarcar; e isto lhe digo com a minha costumada sinceri-
dade e nenhuma fanfarronice, porque a detesto.
1
A palavra antes de «Bandeira» nao se percebe, parece «Arag. f
»