o seu tempo - DSpace CEU

fazemos, e de nos encostar a um apoio legal, que nos auctorise e
tire a apparencia de intriga, que serve de pretexto para desacreditar
a nossa causa.
Acabo á pressa, repetindo que sou, de v. ex.*, amigo fiel. =
Márquez de Palmella.
Ill. mo
DOC. XYII
Do visconde de Itabayana a José da Silva Carvalho
Londres, 10 de dezembro de 1828.
e ex. m0
sr. — Accuso o recebimento da carta que v. ex. a
me
dirigiu em data de 1 do corrente mez, bem como das pecas que a
acompanharam; e agradecendo muito a v. ex. a
, tanto as noticias que
me dá dos bons sentimentos de que se acham animadas as pessoas
que compoem esse deposito, como a remessa das referidas pecas, dir-
lhe-hei tambem que muito folguei com a leitura d'ellas, por ver táo
claramente expressada a estima que aos honrados habitantes de Ply­
mouth téem merecido as respeitaveis pessoas que se acham nesse
deposito e que só pelos seus infortunios sao dignas de toda a com­
placencia.
Sou, com toda a consideraçao, de v. ex. a
, attento, venerador e obri-
gado servidor. =Visconde de Itabayana.
Ill. m0
DOC. XVIII
De José da Silva Carvalho ao marquez de Palmella
Plymouth, 10 de dezembro de 1828.
e ex. ra0
sr. — Em principio d'esta semana parecía que o bom
espirito da tropa, que compoe o deposito, se achava um pouco mu­
dado do estado que eu tinha tido a honra de certificar a v. ex. a
Inda-
guei a origem d'esta alteraçao, e achei que alguns inglezes se tinham
misturado com os militares de liuha e voluntarios, e tentaram per-
suadir-lhes que havia traiçao no embarque, que seriam maltratados
pelo Senhor D. Pedro IV e ficariam para sempre no Brazil, pedindo
esmola. Estas ideas foram abracadas pelas pessoas que rodeiam o gene­
ral Pizarro, que procuravam dar-lhes calor e extensao. Tudo isto,
porém, está hoje desvanecido, de modo que em breve Sua Magestade