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o seu tempo - DSpace CEU

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porquanto, nao me tendo sido dado aviso algum da parte do meu collega, ou de<br />

mr. de Jouffroy, nem tendo recebido resoluçao em resposta de v. ex." ao que successivamente<br />

tenho tido a honra de levar á sua presença, nenhum trabalho se<br />

tem podido adiantar com participacáo minha.<br />

Consta-me que aquelle mr. Haber, de quem tenho fallado a v. ex.", voltou<br />

agora a París, e é sem duvida por elle que foram trazidas essas noticias do<br />

emprestimo feito, e que d'ahi procedeu o que se inseriu no Standard, nao sei<br />

com que mais fundamento.<br />

Quanto a mim, estou sempre esperando as ordens e decisoes de v. ex.", sobre<br />

as observaçoes que tenho feito, para executar, como ó do meu dever, essas mesmas<br />

ordens, e nada julgo fazer antes de recebel-as.<br />

Deus guarde a v. ex." — Hl. m0<br />

e ex. m0<br />

sr. conde da Louza, D. Diogo. = (Assignado)<br />

J. L. da Costa.<br />

Londres, 22 de agosto de 1832.<br />

Officio de J. L. da Costa ao conde da Louzá<br />

N." 10. — Ill. mo<br />

e ex. m0<br />

sr. — Depois de ter escripto o meu antecedente, vieram<br />

dizer-me que o meu collega partía ou partirá já para París; nao posso crer<br />

como a isso procedesse, sem me dar aviso algum. Tambem agora me affirmam que<br />

com effeito mr. Haber vae partir por este paquete para Lisboa, sem duvida com<br />

o objecto de sollicitar a approvaçao de algumas condiçoes, taes como as primeiras<br />

que faziam, a que eu objectei e de que tive a honra de dar conta a v. ex."<br />

A este respeito só devo acrescentar, por maior descargo de minha consciencia, ao<br />

que já disse, que, se o Governo de El-Rei Nosso Senhor contrata de qualquer<br />

sorte com similhante gente, terá que vir a arrepender-se muito d'isso e o <strong>seu</strong><br />

crédito nao poderá deixar de soffrer altamente, attendidas as circumstancias das<br />

pessoas e o descrédito de que aqui gosam, do qual participará infallivelmente o<br />

mesmo Governo.<br />

Visto que a occasiáo chega de dizer inteiraraente o que sinto acerca d'este<br />

negocio, e quando vejo que nelle se trabalha independente de mim, permitta-me<br />

v. ex." que diga a minha opiniao sein rebuço : Primeiramente, em caso nenhum eu<br />

aconselharia o Governo de El-Rei Nosso Senhor a fazer tal transacçao por commissao;<br />

porque, d'esta maneira, se pode paralysar a negociaçao depois de feito o<br />

pagamento de urna ou duas mozadas, por exemplo, ganhando os commissarios e<br />

perdendo o Governo. Digo isto, porque, ganha a commissao competente a essas<br />

mezadas, se os ditos commissarios nao podem vender mais papel, pararao no<br />

negocio e ficará o Governo com a fama de ter feito um emprestimo que se nao<br />

realisou com vantagem alguma notavel para elle.<br />

Ora, depois d'este facto, haverá muito mais difficuldade para fazer outro emprestimo,<br />

e, sobretudo, ficando o mesmo Governo preso pela condicáo que na proposta<br />

a que eu objectei se estipulava, de nao poder elle fazer outro emprestimo,<br />

caso que o actual falhasse, sem consultar as mesmas pessoas que fizeram este.<br />

No caso, poróm, que o Governo de El-Rei Nosso Senhor quizesse o negocio<br />

feito assim por commissao, dever-se-ía ao menos fazer com urna casa respeitavel<br />

qualquer, que tivesse crédito que perder, e a quem nao fosse indifferente essa<br />

mesma perda; pois, nenhuma casa como deve ser, de Londres ou de París, que<br />

tomasse o negocio assim por commissao, deixaria, por <strong>seu</strong> proprio crédito, de o<br />

continuar até ao fim, e, quando nao pudesse mesmo vender algum papel, poderia

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