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o seu tempo - DSpace CEU

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harmonía com nm tratante! Eis aqui a razáo por que tudo vae como<br />

se vé e porque nao se acaba com os rebeldes! Eu tenho a minha<br />

tençao feita, e toda a responsabilidade caira sobre elle. Muito cedo<br />

ahi me terá, já que nao fazem caso do que digo.<br />

Eu acostumado a servir S. M. com energía e zélo do meu carácter,<br />

e conhecendo o critico da sitúa cao em que se acha Portugal, escrevi<br />

a S. M. El-Rei ha mais de quinze dias, propondo humildemente ao<br />

mesmo Senhor a minha opiniao de ser da maior urgencia o ter-sc um<br />

ou dois barcos de vapor para segundarem as manobras dos nossos<br />

navios de guerra, o que era indispensavel, muito mais em <strong>tempo</strong> de<br />

calmarías e com navios ronceiros, e que d'elles tirara grande vanta-<br />

gem Sartorius na ultima accáo com a nossa esquadra, e que mesmo<br />

agora estavam os agentes dos rebeldes fazendo apromptar quatro em<br />

Inglaterra para mandarem para o Porto.<br />

Como depois d'isto soube que o governo de Sua Magestade era<br />

d'esta minha opiniao, e que contava mandar comprar um barco de<br />

vapor e alugar outro para o fim dito, e vendo eu que a nossa situacáo<br />

e a actividade com que trabalham os rebeldes e <strong>seu</strong>s agentes em Lon­<br />

dres e aqui, nao permittem expectaçoes e delongas,—achci, na minha<br />

consciencia e no meu dever, fazer por realisar já isto e que se compre<br />

já um bom barco e se alugue outro, e mandal-os já para Lisboa, pois até<br />

me perguntam aqui, os embaixadores da Russia e da Austria, porque<br />

nao sáe a nossa esquadra, e outras questoes que me amarguram 4<br />

.<br />

O meu celebre adjunto é quem me ata os bracos, e me impede de<br />

obrar, com as suas teimas!<br />

Hoje fallei aos banqueiros e lhes dei urna nota em que lhes pedia<br />

mandassem por a crédito de mrs. Gower & C. a<br />

, em Londres, o ne­<br />

cessario para comprar um barco de vapor e fretar outro, á conta do<br />

1<br />

«Paco em Braga, 26 de abril de 1833.—Reservado.—111. mo<br />

e ex. mo<br />

sr.— Sendo<br />

presente a S. M. El-Rei, meu Senhor, o officio que v. ex." se serviu dirigir-me em<br />

21 do corrente com a memoria inclusa de Carlos Mathias Pereira, em que participa<br />

haver feito a encommenda de um barco de vapor, inglez, para reforçar a esquadra<br />

de S. M., foi esta noticia por extremo agradavel a S. M., que Foi Servido Ordenar­<br />

me que diga em Seu Real Nome a v. ex.* que muito merece a Sua Real Approva-<br />

çao nao só esta deliberaçao de v. ex.», mas igualmente o modo acertado com que<br />

foi posta em pratica; o que, de ordem do mesmo Augusto Senhor, tenho a honra<br />

de participar a v. ex." para sua devida intelligencia. — Deus guarde a v. ex." —<br />

Ill. m0<br />

e ex. 0<br />

sr. visconde de Santarem. = Duque de Lafoes.»<br />

Tao acertado que as queixas de Heliodoro chegaram a Portugal depois de<br />

Napier ter partido de Inglaterra!<br />

Vide na Chronica Constit. de Lisboa, n.° 38 de 1833, a carta de Saraiva ao<br />

duque de Cadaval.

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