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o seu tempo - DSpace CEU

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do me atraiçoar, empregando para isso falsidades, e principalmente nao estando<br />

eu presente ás suas manobras; motivo este porque insto pelo meu crédito, no caso<br />

de ser manchado, e querer mostrar ao Governo e ao publico a minha probidade<br />

e a má fé do sr. Heliodoro e <strong>seu</strong>s companheiros.<br />

Devo advertir-te que isto mesmo já eu pedi a s. ex. a<br />

, no meu officio de 8 de<br />

agosto, para, no caso de ser argüido por elles, ser ouvido, para mostrar a minha<br />

defeza.<br />

Extracto da carta dirigida por J. L. da Costa a Antonio Izidro, em Lisboa,<br />

de Londres, em 24 de outubro de 1832<br />

Já foi tarde para te avisar, pelo paquete passado, do que veiu ao meu conhecimento,<br />

do novo projecto de emprestimo que a casa de mr. Rocheplate, de París,<br />

remetteu por via do meu amigo Saraiva, para Lisboa, ao sr. conde da Louzá, bem<br />

como urna copia d'elle, a um francez estabelecido nessa, no qual propoe fazer um<br />

emprestimo a Portugal. Quando estive em París, nunca ouvi fallar em tal casa,<br />

por isso a nao conheço; porém a curiosidade me obrigou a indagar: as informaçoes<br />

que obtive foram que era a mesma companhia de Orr, Goldsmid & C. a<br />

e de<br />

mrs. Ricardos & Irmáos, d'aqui (estes sao os que fizeram o emprestimo a D. Pedro);<br />

ora, segundo as proposiçoes que elles apresentam, que sao : ser a 52, commissoes,<br />

juros e distrates, etc., etc., tudo igual aquelle que se quiz contrahir em 1830^<br />

por consequencia, estou, se me informaram bem, ser a mesma sociedade, com mudança<br />

de nome, ou como administradores da casa fallida de Orr, Goldsmid & C. a<br />

;<br />

pois, nao vendo ninguem o decreto das Instrucçoes de 1830, como podiam apresental-as<br />

taes e quaes, senáo aquelles mesmos que as tinham recebido ? Isto mesmo<br />

julga o conde da Ponte.<br />

Na minha opiniáo, o que se devia fazer ou responder, á tal proposta de mr. Rocheplate,<br />

era nao tomar d'ella conhecimento, porque os motivos que dei em 1830,<br />

de nao se contrahir o emprestimo, e muito principalmente com similhante gente,<br />

existe com muitissima mais razáo agora; tudo quanto nao for como tenho explicado,<br />

na correspondencia d'este anno, sobre a maneira como se deve contrahir um<br />

emprestimo, será indecoroso e lesivo para o Governo e Nacáo ; se quizerem ter o<br />

incommodo de olhar para as razoes que tenho de assim dizer, veráo se tenho ou<br />

nao motivos de teimar na minha opiniáo.<br />

Nao escrevo a s. ex. a<br />

, porque Heliodoro ainda nao se dignou de apparecer-me<br />

ou escrever; juntamente, nao me quero dar por sabedor do que ácima deixo dito,<br />

por julgar nao dever-me metter em ceará alheia; no caso, porém, de mandarem<br />

pedir-me alguma informacáo, nada mais poderei dizer d'aquillo que te communico<br />

hoje.<br />

Extracto da carta de Antonio Izidro da Costa, dirigida de Lisboa, na data de 5 de outubro de 1832,<br />

a J. L. da Costa, em Londres<br />

Hontem mandou-me chamar o conde da Louzá, e disse-me :<br />

«Hontem approvou S. M. as condiçoes de um contrato de emprestimo que lhe<br />

remetteu Heliodoro, as quaes e o decreto está pondo a limpo o Mazziotti para<br />

serem assignados, sabbado, e perguntando a S. M. quem era o agente, se era só o<br />

Heliodoro, respondeu immediatamente, — elle e Joaquim Leocadio.»

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