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o seu tempo - DSpace CEU

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Um regimentó hespanhol teve ordem de marchar immediatamente<br />

para Ayamonte para prevenir alguma violacáo de territorio. Porém<br />

mr. de Zea tem-me dado e ao embaixador de Franca as seguranças<br />

mais positivas de que isto tem só por objecto o augmentar a força<br />

hespanhola, naquella parte.<br />

O Soberano está em Vigo, e estou certo que ali permanecerá.<br />

O objecto da sua estacáo ali é para evitar que se approximem ás<br />

ilhas de Bayonna os navios, tanto hespanhoes como estrangeiros, que<br />

tenham tido communicacáo com Portugal.<br />

A cerimonia do juramento e as festas que houve foram feitas com<br />

socego e frialdade. O povo da capital manifestou curiosidade, mas<br />

muita indifferença, pelo grande objecto da cerimonia, e direi que nesta<br />

parte da Hespanha parece ter falhado o <strong>seu</strong> pretendido effeito.<br />

Nenhum corpo de tropas tem ainda marchado para as fronteiras<br />

de Portugal (excepto para Ayamonte) para reforçar as iracas forças<br />

já ali estacionadas.<br />

DOC. CXLI<br />

Addinglon a Russcll<br />

A expedicáo de Napier. Os emigrados. A política hespanhola<br />

com respeito a Portugal<br />

Madrid, 5 de julho de 1833.<br />

Poucas horas depois que este governo recebeu a noticia do resul­<br />

tado da expedicáo do capitao Napier, tive urna entrevista com mr. de<br />

Zea, em que este ministro me disse que vos tinheis dirigido urna<br />

carta official a mr. de Córdova acerca dos hespanhoes carlistas que<br />

se tinham refugiado em Portugal, e alguns dos quaes se dizia que<br />

tinham tomado o serviço do Senhor D. Miguel.<br />

Nesta occasiáo obscrvou mr. de Zea que aquelles individuos ti­<br />

nham fúgido de Hespanha, de cujo governo eram inimigos no <strong>seu</strong><br />

carácter de opposieáo á successáo feminina, e que, por esse motivo e<br />

pela sua residencia em Portugal, o governo hespanhol nao se podia<br />

tornar mais responsavel por elles do que o governo britannico se<br />

considera responsavel pelos inglezes que tomaram o serviço das ban-<br />

deiras de D. María. O governo hespanhol nao tem mais poder sobre os<br />

refugiados hespanhoes do que o governo britannico sobre os inglezes.<br />

Se tivesse algum poder sobre elles, seria do interesse do governo<br />

de Hespanha evitar que taes individuos entrassem em Portugal, por­<br />

que, como inimigos da causa da Princeza Isabel, empregariam natu­<br />

ralmente as suas inachinacoes, em Portugal, contra a ordem de cousas<br />

estabelecida em Hespanha.

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