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o seu tempo - DSpace CEU

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de que estamos incumbidos, me disse: Que tinha recebido urna carta de mr. de<br />

Jouffroy, datada de París, em que lhe dizia que era necessaria a nossa presença<br />

ali, para se concluir a effectuacáo do emprestimo, pois que se achava prompto o<br />

dinheiro para a primeira mezada, e que assim era preciso irmos nos recebel-o<br />

e entregar as apolices assignadas, etc. Que apenas a recebéra, fóra a casa de mr.<br />

Gower para se certificar se este directamente sabia dos banqueiros do emprestimo<br />

alguma cousa sobre a exactidao do que mr. de Jouffroy affirmava; porém,<br />

que mr. Gower lhe dissera nada saber quanto a isso e que ante-hontem mesmo<br />

escrevia pelo estafeta para París, aos banqueiros, a fim de lhe mandarem logo<br />

dizer o que havia de verdade no que constava da carta de mr. de Jouffroy. Que<br />

no caso de ser verdade estar o dinheiro prompto, etc., entáo era do voto que partissemos<br />

immediatamente para París, a fim de se effectuar o negocio.<br />

A isto respondí que estava prompto a todo o momento a partir e a fazer tudo<br />

o que fosse preciso da minha parte para abreviar a conclusao do assumpto.<br />

Nao devo, porém, disfarçar a v. ex.» que, mesmo segundo o modo de pensar<br />

do meu collega, nao parece provavel que os homens entreguem dinheiro algum,<br />

antes de se decidir a campanha no Porto; e que, para darem <strong>tempo</strong> a que isso<br />

succeda, vao ainda por duvidas e mais duvidas, dizendo sempre que o dinheiro<br />

está prompto, mas sem chegarem a entregal-o. Estas duvidas bao de ser, pouco<br />

mais ou menos, as seguintes :<br />

1.* Nao quererem eutregar o dinheiro, sem que se lhes entreguem as apolices;<br />

porque, como a factura das mesmas pode levar um mez, pelo menos, com isso<br />

ganham <strong>tempo</strong>.<br />

2.» Quererem insistir que se pague o juro, a contar desde o 1.° de setembro<br />

ultimo, o que é urna injustiça, pois o Governo ficaria d'esta maneira pagando<br />

juros por 5 ou 6 mezes, antes de receber o dinheiro.<br />

A primeira d'estas objecçoes, se a puzerem, como creio, responderei, que os<br />

nao pode isentar de pagarem logo, ainda antes de se fazerem e entregarem as<br />

apolices; pois lhes daremos, emquanto se nao fazem, um recibo <strong>tempo</strong>rario, que<br />

servirá de cauçao provisoria e segurança, até que as apolices estejam promptas;<br />

e por consequencia, se elles assim nao quizerem pagar, mostraráo que usam de<br />

8ubterfurgios que nao devem; pelo que, serei do voto que o contrato acabou, segundo<br />

o teor dos avisos de v. ex.» do 1." e 5 de dezembro passado, e de que se<br />

dé conta d'isso a v. ex.*<br />

A segunda objeccáo, insistirei em que só se paguem os juros desde o dia<br />

em que entregarem a primeira mezada, como deve ser, e nao consentirei em outra<br />

cousa, emquanto de v. ex.* nao receber ordem em contrario. Portanto, se v. ex.»<br />

achar que devo obrar diversamente do que digo, tanto neste ultimo ponto como<br />

no primeiro, é melhor, para abreviar demoras, que v. ex." me mande sobre isso as<br />

suas instrucçoes, logo depois que receba este meu officio, para nesse caso obrar<br />

como v. ex.» for servido mandar-me. A decisáo a respeito do dia em que osjuros<br />

devem principiar a contar-se é precisa tambern para se poderem fazer as apolices,<br />

pois devia ir nellas designado.<br />

Deus guarde a v. ex.» —111.»° e ex."* 0<br />

sr. conde da Louza, D. Diogo, etc. =<br />

(Assignado) Joaquim Leocadio da Costa. 1<br />

Ultimo documento do copiador. Seguera-se ainda muitas paginas cm branco.

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