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Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

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133<br />

Neste sentido, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-regulação <strong>de</strong>senvolve-se na criança, na<br />

medida <strong>em</strong> que ela capta os sentidos e significados do meio social <strong>em</strong> que vive, através<br />

da interação com as pessoas, e os reconstrói no individual. Este processo faz com que<br />

construa, aos poucos, os seus limites e as suas referências.<br />

Em relação à aprendizag<strong>em</strong>, mais uma vez é importante salientar, que a<br />

concepção sócio-histórica não é um método pedagógico, e que não se t<strong>em</strong> um método<br />

inspirado nesta concepção; assim concorda-se com Tunes (2000, p.47) quando afirma<br />

que este método “precisa ser construído no esforço sist<strong>em</strong>ático da prática do ensinar. As<br />

formulações <strong>de</strong> Vygotsky, acerca do <strong>de</strong>senvolvimento dos conceitos, não são<br />

prescrições práticas”. Busca-se aqui <strong>de</strong>stacar el<strong>em</strong>entos que po<strong>de</strong>m ser utilizados para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tal método, enfatizando-se as peculiarida<strong>de</strong>s exigidas pelos alunos<br />

TDAH.<br />

Os professores se mostram bastante ansiosos <strong>em</strong> relação à aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong>ssas<br />

crianças, evi<strong>de</strong>nciando <strong>em</strong> suas falas as dificulda<strong>de</strong>s que seus alunos apresentam:<br />

P1- Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> reter, né Ensina hoje, trabalha com material concreto, na hora <strong>de</strong><br />

registrar, uma vez, duas, dá conta, mas quando você volta parece que já esqueceu.<br />

P6- (...) ela estava <strong>de</strong>fasada, (...) ela apresentou muitas dificulda<strong>de</strong>s, ela não conhecia as<br />

letras, ela confundia as letras (...)<br />

P3- Ela vinha com uma <strong>de</strong>fasag<strong>em</strong> cognitiva muito gran<strong>de</strong>, ela estava praticamente reprovada<br />

(...)<br />

P2- ela t<strong>em</strong> muita dificulda<strong>de</strong> na mat<strong>em</strong>ática (...)<br />

P1- (...) eu tenho que estar cuidando para ver se ela tá dando conta daquilo que t<strong>em</strong> que ser feito,<br />

porque se eu <strong>de</strong>ixar ela muito a vonta<strong>de</strong> ela não dá conta <strong>de</strong> tudo.<br />

Quando se refere à pedagogia da atenção, Vigotski afirma que <strong>em</strong>bora se<br />

costume relacionar atenção e distração como opostos, isto não está correto já, que a<br />

distração, com a qual o pedagogo opera é um el<strong>em</strong>ento concomitante e útil da atenção,<br />

pois :<br />

Ser atento a alguma coisa pressupõe necessariamente ser distraído <strong>em</strong> relação a tudo o <strong>de</strong>mais. A<br />

<strong>de</strong>pendência adquire caráter absolutamente mat<strong>em</strong>ático <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong> direta e po<strong>de</strong>mos<br />

dizer francamente que quanto maior é a força da atenção tanto maior é a força da distração. (...) do<br />

ponto <strong>de</strong> vista científico será mais correto falar não da educação da atenção e da luta com a<br />

distração mas <strong>de</strong> uma educação correta e simultânea <strong>de</strong> ambas. (VIGOTSKI, 2001, p.157).

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