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Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

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indicada quando os sintomas provocar<strong>em</strong> prejuízos significativos na escola e mínima<br />

interferência <strong>em</strong> casa, ou ainda com adolescentes que sa<strong>em</strong> aos finais <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana e<br />

utilizam álcool. Os autores ressaltam, porém, que não exist<strong>em</strong> estudos cuidadosos sobre<br />

quais os efeitos <strong>de</strong>ssa interrupção sobre a eficácia da medicação e aos efeitos adversos.<br />

É importante salientar que o uso do medicamento <strong>de</strong>ve ser discutido pelo médico<br />

com a família, não cabendo à escola e aos professores recomendar ou ainda pressionar<br />

os pais para a sua utilização.<br />

É comum que pais e professores coloqu<strong>em</strong> suas expectativas <strong>de</strong> cura do TDAH<br />

nos medicamentos, no entanto isso não ocorre, uma vez que este atua somente na<br />

bioquímica cerebral e assim melhora a atenção, aumentando a concentração, diminuindo<br />

a hipercinesia e a impulsivida<strong>de</strong>. Os comportamentos, as habilida<strong>de</strong>s, o controle da<br />

raiva, contudo, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser ensinados e isto <strong>de</strong>ve ser feito <strong>em</strong> conjunto pela família,<br />

escola e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

5.2.4 Forma residual (do adulto)<br />

A evolução do TDAH <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários fatores, incluindo o sujeito, o contexto<br />

social e familiar, o tratamento médico, a escola, a presença ou não <strong>de</strong> comorbida<strong>de</strong>, o<br />

nível intelectual do paciente, entre outros.<br />

Segundo Rotta e Freire ( 2005, p.159), 30% das crianças com TDAH chegará a<br />

ida<strong>de</strong> adulta s<strong>em</strong> nenhum sintoma do distúrbio; <strong>de</strong> 50 a 60% <strong>de</strong>las apresentarão sinais<br />

<strong>de</strong> variada importância na ida<strong>de</strong> adulta, <strong>de</strong>ntre eles probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> concentração,<br />

impulsivida<strong>de</strong> e conflitos sociais, e <strong>de</strong> 10 a 15 % apresentarão probl<strong>em</strong>as psiquiátricos<br />

e/ou comportamento antisocial.<br />

Mattos (1998, p.284) aponta para o tardio reconhecimento da forma residual do<br />

TDAH (somente <strong>em</strong> 1980 com publicação do DSM-III) e mais ainda, pela <strong>de</strong>mora da<br />

divulgação nos meios científicos, justificando o fato como <strong>de</strong>corrente da pouca interação<br />

entre psiquiatras e neurologistas adultos e infantis, com publicações, congressos e<br />

organizações separadas.<br />

Além disso, outras razões contribuíram para a impressão médica da r<strong>em</strong>issão dos<br />

sintomas na adolescência. Uma <strong>de</strong>las é que com o <strong>de</strong>correr do t<strong>em</strong>po os indivíduos<br />

<strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prestar atenção, até mesmo o sujeito com TDAH, que

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