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Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

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A pesquisadora optou pela entrevista s<strong>em</strong>i-estruturada porque nesta “o<br />

pesquisador organiza um conjunto <strong>de</strong> questões sobre o t<strong>em</strong>a que está sendo estudado,<br />

mas permite, e às vezes até incentiva que o entrevistado fale livr<strong>em</strong>ente sobre assuntos<br />

que vão surgindo como <strong>de</strong>sdobramentos do t<strong>em</strong>a principal”. (PÁDUA, 2000, p.67). Além<br />

disso, segundo Triviños (1987, p.152), a entrevista s<strong>em</strong>i estruturada mantém a presença<br />

consciente e atuante do pesquisador e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, permite a relevância na<br />

situação do ator”.<br />

Szymanski aponta para o momento privilegiado <strong>de</strong> interação social que a<br />

entrevista possibilita:<br />

Ao consi<strong>de</strong>rarmos o caráter <strong>de</strong> interação social da entrevista, passamos a vê-la submetida às<br />

condições comuns <strong>de</strong> toda interação face a face, na qual a natureza das relações entre<br />

entrevistador/entrevistado influencia tanto o seu curso como o tipo <strong>de</strong> informação que aparece.<br />

(SZYMANSKI, 2002, p.11).<br />

Esta mesma autora, parte da constatação, com a qual a pesquisadora concorda,<br />

<strong>de</strong> que a entrevista face a face é uma situação <strong>de</strong> interação humana, e como tal,<br />

envolve “as percepções do outro e <strong>de</strong> si, expectativas, sentimentos, preconceitos e<br />

interpretações para os protagonistas: entrevistador e entrevistado” (SZYMANSKI, 2002,<br />

p.12).<br />

Além disso, antes mesmo <strong>de</strong> iniciar a entrevista, o pesquisador t<strong>em</strong> algum<br />

conhecimento e compreensão do probl<strong>em</strong>a, seja com subsídio no seu referencial teórico<br />

como <strong>em</strong> sua experiência pessoal, fato este que também é válido <strong>em</strong> relação à<br />

observação participante, neste sentido, é importante salientar esta condição,<br />

explicitando-se que a expectativa <strong>de</strong> resultados se faz presente como pré-condição no<br />

processo <strong>de</strong> coleta e análise <strong>de</strong> informações, e “consi<strong>de</strong>rar a subjetivida<strong>de</strong> envolvida no<br />

processo <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados significa cuidado com o rigor” (SZYMANSKI; ALMEIDA;<br />

PRANDINI, 2002, p.72).<br />

Apesar <strong>de</strong>ssas consi<strong>de</strong>rações, a pesquisadora concorda com Szymanski, quando<br />

afirma que:<br />

(...) isso não inviabiliza a entrevista como um rico instrumento <strong>de</strong> pesquisa. Pelo contrário, <strong>de</strong>svela<br />

novas possibilida<strong>de</strong>s na compreensão dos fenômenos que se quer investigar. . Informa que esse<br />

momento, muitas vezes, propicia uma reestruturação <strong>de</strong> idéias. È uma consi<strong>de</strong>ração que mostra o<br />

caráter dinâmico das informações que obt<strong>em</strong>os <strong>em</strong> nossas investigações e aponta para o cuidado<br />

<strong>de</strong> não apresentá-las como algo <strong>de</strong>finitivo, mas sim como um instantâneo que congela um<br />

momento, mas que traz <strong>em</strong> seu interior a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformação. (SZYMANSKI, 2002,<br />

p.58).

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