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Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...

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do pedagogo <strong>em</strong> relação à distração, pois consi<strong>de</strong>ra um gran<strong>de</strong> engano o professor ver<br />

a distração como seu inimigo, já que muitas vezes o mais atento <strong>em</strong> aula po<strong>de</strong> ser o<br />

mais distraído.<br />

Além disso, o autor estabelece uma relação da atenção com a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estímulos, afirmando que o ato <strong>de</strong> atenção parece exigir estímulos subdominantes dos<br />

quais se alimenta, o que significa que “só se po<strong>de</strong> estar atento quando as estimulações<br />

distrativas estão <strong>em</strong> posição subordinada <strong>em</strong> relação ao assunto principal da ocupação<br />

mas <strong>de</strong> maneira nenhuma estão inteiramente afastadas do campo da consciência e<br />

continuam a agir sobre nós”.<br />

Desta afirmação, a conclusão pedagógica que o autor chega é que:<br />

A preocupação do mestre exige <strong>de</strong>le a organização não só <strong>de</strong> uma ocupação básica a ser<br />

atribuída no momento ao aluno mas também <strong>de</strong> todas as circunstâncias secundárias: do ambiente,<br />

da situação, do vestuário do aluno, da vista que se <strong>de</strong>scortina da sua janela, pois esses el<strong>em</strong>entos,<br />

enquanto estímulos subdominantes, n<strong>em</strong> <strong>de</strong> longe são indiferentes no trabalho global da atenção.<br />

(VIGOTSKI, 2001, p.177).<br />

A reunião <strong>em</strong> que uma das psicopedagogas do CENEP apresentou para as<br />

professoras várias estratégias para o ensino <strong>de</strong> mat<strong>em</strong>ática nas séries iniciais do ensino<br />

fundamental teve uma gran<strong>de</strong> repercussão, pois as professoras obtiveram naquele<br />

momento respostas para as suas dúvidas: o que fazer na prática Como ensinar as<br />

crianças com TDAH (e indiretamente todas as outras também)<br />

Nessas estratégias, <strong>em</strong>bora a matriz teórica que subsidia a prática da<br />

psicopedagoga seja outra, evi<strong>de</strong>nciou-se a prática <strong>de</strong> muitos dos conceitos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos por Vigotski. Quando C6 <strong>de</strong>monstrou formas <strong>de</strong> ensinar a divisão, utilizou<br />

materiais que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam o interesse da criança (bonequinhos, palhacinhos), usou<br />

dinheiro (cédulas <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira) para trabalhar a base <strong>de</strong>cimal, <strong>de</strong>senho para<br />

representar o algoritmo da divisão, enfim, <strong>de</strong> certa forma ela retomou os estágios<br />

preparatórios da linguag<strong>em</strong> escrita segundo Vigotski ( 2003a, p.157), quais sejam brincar<br />

e <strong>de</strong>senhar, no ensino da aritmética.<br />

e) Resultados

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