Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...
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Com isto, a escola pratica uma avaliação que internaliza no indivíduo a forma<br />
classificatória e meritória, legitimando-a como natural e única alternativa possível. Daí a<br />
angústia e a frustração <strong>de</strong> algumas professoras <strong>em</strong> relação à aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong> seus<br />
alunos.<br />
Embora vários fatores tivess<strong>em</strong> sido apontados como propulsores dos avanços (a<br />
participação dos pais, a coesão entre o família, escola e profissionais da saú<strong>de</strong>) o que<br />
apareceu com mais freqüência foi a questão do vínculo afetivo que se estabeleceu entre<br />
professor e aluno. O que nos leva a concordar com Oliveira quando afirma:<br />
(...) que, na transformação inerente ao processo interacional, as dimensões cognitivas-afetivas não<br />
se comportam como categorias separadas que se influenciam, mas como unida<strong>de</strong>s indissociáveis.<br />
A cognição não é um processo apenas mental, mas parte da ação e dos significados que ela<br />
aponta, ou seja, dos <strong>de</strong>sejos, objetivos, concepções, sendo, portanto, plena <strong>de</strong> afetivida<strong>de</strong>.<br />
(OLIVEIRA, 2000b, p.74).<br />
Já Padilha, quando se refere à inserção cultural do <strong>de</strong>ficiente mental aponta uma<br />
explicação bastante interessante para a involução do aluno TDAH mencionada por<br />
algumas professoras:<br />
Com o maior <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo, com o avanço significativo no domínio da linguag<strong>em</strong> e<br />
cada vez mais inserida na cultura e na vida <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>, outras dificulda<strong>de</strong>s surg<strong>em</strong>, com<br />
certeza, e surg<strong>em</strong> justamente <strong>de</strong>vido a esses avanços- as limitações mudam, <strong>de</strong>slocam-se. São<br />
aparentes involuções <strong>de</strong>vido às transformações. A progressão é, justamente, que os limites se<br />
expan<strong>de</strong>m. Criam-se novas dificulda<strong>de</strong>s porque as anteriores foram vencidas. (PADILHA, 2001,<br />
p.176).<br />
A prática pedagógica permite o estabelecimento <strong>de</strong> interações que possibilitam a<br />
apropriação do conhecimento e isto promove transformações na forma do professor<br />
interagir com o aluno não apenas na questão pedagógica, mas na afetivida<strong>de</strong>, no<br />
estabelecimento <strong>de</strong> um vínculo; a partir <strong>de</strong>ste vínculo a interação professor-aluno<br />
(sujeito-sujeito) se modifica e com isso cada um <strong>de</strong>sses sujeitos se transforma pela ação<br />
do outro .<br />
6.3.2.3 Grupo C- Profissionais do CENEP<br />
a) Trajetória do trabalho