Sandra Regina Dias de Costa - Programa de Pós-Graduação em ...
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C5- Dificulda<strong>de</strong>: Nas reuniões a gente fica meio perdido porque a gente quer se incluir mais<br />
e não consegue um jeito <strong>de</strong> estar se incluindo melhor no trabalho, a gente v<strong>em</strong> discutindo<br />
isso freqüent<strong>em</strong>ente após reunião.... é gratificante quando você vê os resultados, mas t<strong>em</strong><br />
dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> você estar se inserindo no trabalho, t<strong>em</strong> gente querendo fazer o nosso<br />
trabalho, complica.. daí a mãe cansa, ela repete s<strong>em</strong>pre a mesma história, acaba ficando<br />
saturado para a mãe, e a gente percebe o cansaço dos pais <strong>de</strong> tanta repetição.<br />
C5- Facilitador: precisa <strong>de</strong> um trabalho multidisciplinar, não só na avaliação, mas no<br />
tratamento, porque a avaliação acaba mostrando coisas que muita gente já viu e não<br />
adianta acabar ali na avaliação, o tratamento <strong>em</strong> si esse que é feito aqui principalmente, ele é<br />
bom porque acaba englobando o que a criança necessita, mas é por pouco t<strong>em</strong>po, é só aqui,<br />
não dá para aten<strong>de</strong>r todo mundo que chega...<br />
C12- Dificulda<strong>de</strong>: Nós t<strong>em</strong>os falta <strong>de</strong> espaço para aten<strong>de</strong>r, t<strong>em</strong>os que levar nosso material para<br />
outra sala, essa outra sala já t<strong>em</strong> outro profissional para entrar. Falta <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po também, porque<br />
eu estou fazendo mestrado, aten<strong>de</strong>ndo no CENEP, a gente fica com muitas coisas para fazer e às<br />
vezes a gente não consegue fazer as coisas como gostaria.<br />
C12- Facilitador: se a equipe fosse maior, se pudéss<strong>em</strong>os dar orientação mais vezes <strong>em</strong><br />
cada escola.<br />
C2- Dificulda<strong>de</strong>: Eu acho que uma gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> que a gente t<strong>em</strong> aqui é só um<br />
atendimento s<strong>em</strong>anal, acho que para ficar razoável a gente tinha que ter pelo menos dois<br />
contatos com a família e com a criança (...)<br />
C6- Dificulda<strong>de</strong>: Aqui as vezes a gente t<strong>em</strong> criança que não v<strong>em</strong> para o trabalho porque não<br />
t<strong>em</strong> dinheiro para o vale transporte, às vezes a gente encontra ainda este tipo <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>,<br />
<strong>em</strong> relação ao restante da estrutura como eu sou voluntária, eu limito o meu t<strong>em</strong>po <strong>de</strong><br />
trabalho voluntário, se eu tivesse mais t<strong>em</strong>po ia ter <strong>de</strong>manda, (...) outra dificulda<strong>de</strong> é muita<br />
resistência <strong>em</strong> utilizar o medicamento e a gente observa na sessão s<strong>em</strong> medicamento e com<br />
medicamento a diferença no rendimento que dá. Outra dificulda<strong>de</strong> quando eles têm um QI<br />
muito baixo, (...) a questão da inteligência eu me pergunto s<strong>em</strong>pre o que a gente faria para<br />
aumentar essa inteligência essa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>.<br />
C6- Facilitador: comunicação com o que ele t<strong>em</strong> <strong>de</strong> bom lá <strong>de</strong>ntro, e funciona porque eles<br />
começam a se sentir valorizados e eles mesmos passam a ter ciência que eles têm algo <strong>de</strong><br />
bom para eles mesmo.<br />
C7- Dificulda<strong>de</strong>: Com relação a a<strong>de</strong>rência ao tratamento, que muitas das crianças precisam<br />
<strong>de</strong> bastante t<strong>em</strong>po, aqui no CENEP a gente trabalha uma vez por s<strong>em</strong>ana durante meia hora,<br />
então é pouquíssimo <strong>em</strong> função da <strong>de</strong>manda que a gente t<strong>em</strong> uma lista <strong>de</strong> espera muito gran<strong>de</strong>,<br />
então as crianças acabam ficando muito t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> atendimento e muito pelos próprios<br />
sintomas do TDAH acabam <strong>de</strong>sistindo, <strong>de</strong>sanimando , não a<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ao tratamento, muitas<br />
vezes os pais t<strong>em</strong> o mesmo perfil, não dão conta <strong>de</strong> segurar essa criança no atendimento<br />
então essa é nossa maior dificulda<strong>de</strong>.<br />
C7- Facilitador: Acho que se a gente conseguisse <strong>de</strong>ntro da heterogeneida<strong>de</strong> ser mais<br />
homogêneo numa reunião duma equipe, o que acontece bastante <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma equipe que se<br />
reúne para estudar o TDAH é que muitos dos profissionais têm os próprios sintomas, né<br />
Então a gente vê assim... éeeeeeeeeeee (sic), os sintomas <strong>de</strong>ntro da equipe, né E isso às vezes<br />
é difícil a gente contornar o meu e o do outro e seria o i<strong>de</strong>al se a gente conseguisse<br />
mobilizar as escolas , os pais e trabalhar <strong>de</strong> uma forma bastante integrada, a família, a<br />
clínica e a escola, a gente teria um prognóstico excelente.<br />
C4- Dificulda<strong>de</strong>: É isso que eu já falei poucos profissionais para muita <strong>de</strong>manda, muitas<br />
crianças, têm vezes que não se consegue dar conta, fazer um trabalho mais integrado <strong>de</strong><br />
maior acompanhamento, muitas vezes ficando um atendimento assim <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência, né